PLD continua estacionado no valor máximo
Da Redação, de Brasília (Com apoio da CCEE) —
A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE informou que o Preço de Liquidação das Diferenças – PLD para o período entre 21 e 27 de julho segue fixado em R$ 505,18/MWh nos submercados Sudeste/Centro-Oeste, Sul, Nordeste e Norte. A expectativa de afluências abaixo da média para todo o Sistema é a responsável pela manutenção do preço no valor máximo estabelecido pela Aneel para 2018.
As afluências previstas para a quarta semana no SIN, em termos percentuais, não sofreram alterações. Em termos de energia, a expectativa é de ENAs cerca de 400 MWmédios mais baixas para a próxima semana, sendo a principal redução no Sudeste (-300 MWmédios).
A carga esperada para a próxima semana não sofreu alteração frente à previsão realizada anteriormente.
Já os níveis dos reservatórios do SIN estão cerca de 800 MWmédios mais baixos em relação ao esperado com reduções registradas no Sudeste (-800 MWmédios) e no Norte (-100 MWmédios). Os níveis estão mais altos no Sul (+50 MWmédios) e no Nordeste (+50 MWmédios).
O fator de ajuste do MRE para julho foi revisto de 61,3% para 61,5%. A previsão de Encargos de Serviços do Sistema – ESS para o período é de R$ 29 milhões, montante referente à restrição operativa.
Dados do consumo
Dados preliminares de medição coletados entre os dias 1º e 15 de julho apontaram um aumento de 2,6% no consumo e de 2,4% na geração de energia elétrica no país, quando comparados ao mesmo período de 2017. As informações são do boletim InfoMercado Semanal Dinâmico, da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE, que traz dados prévios de geração e consumo de energia, além da posição contratual líquida atual dos consumidores livres e especiais.
Nas duas primeiras de julho, o consumo de energia no Sistema Interligado Nacional – SIN alcançou 58.617 MWmédios, montante 2,6% superior ao registrado no mesmo período do ano passado (57.107 MWmédios).
No Ambiente de Contratação Regulado – ACR (cativo), no qual os consumidores são atendidos pelas distribuidoras (onde estão inseridos os consumidores residenciais, comerciais, industriais, rurais, serviços, iluminação pública e outros), o consumo subiu 2,3%, índice que considera a migração de cargas para o mercado livre (ACL). Caso esse movimento fosse desconsiderado, o aumento seria de 3,4% no consumo.
Já no Ambiente de Contratação Livre – ACL, no qual as empresas compram energia diretamente dos fornecedores (com consumidores de atividade industrial/comercial/serviços), o consumo registrou incremento de 3,5%, índice que inclui as cargas oriundas do ACR na análise. Haveria aumento de 1% no consumo, caso o movimento dos agentes fosse desconsiderado na análise.
Dentre os ramos da indústria avaliados pela CCEE, incluindo dados de autoprodutores, varejistas, consumidores livres e especiais, os setores de extração de minerais metálicos (+6,7%), químico (+3%) e de metalurgia e produtos de metal (+2,5%) foram os únicos com incremento no consumo, quando a migração é desconsiderada. Por outro lado, a indústria têxtil (-5,8%), de serviços (-2,3%) e de manufaturados diversos (-1,7%) apresentaram índices de retração no consumo dentro do mesmo cenário sem migração.
Em julho, a geração de energia no Sistema chegou a 60.726 MWmédios, índice 2,4% superior à produção de energia no mesmo período de 2017. A geração hidráulica, incluindo as Pequenas Centrais Hidrelétricas – PCHs, caiu 2,5%, enquanto a produção de eólicas e térmicas cresceu 11,1% e 10,6%, respectivamente.
O InfoMercado Semanal Dinâmico também apresenta estimativa da produção das usinas hidrelétricas integrantes do Mecanismo de Realocação de Energia – MRE, em julho, equivalente a 61,3% de suas garantias físicas, ou 37.102 MWmédios em energia elétrica. Para fins de repactuação do risco hidrológico, o percentual é de 67,7%.