Associação defende política para energia solar
Da Redação, de Brasília (com apoio da Absolar) —
A Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) defende a criação de uma política de Estado pelo próximo Governo Federal para promover o desenvolvimento da fonte solar fotovoltaica no Brasil.
A entidade tem recomendado a inclusão da fonte solar fotovoltaica como uma ferramenta estratégica nos programas de governo dos candidatos à Presidência da República. Também tem atuado junto às demais instituições de governo, como o Ministério de Minas e Energia (MME), propondo medidas de alto impacto e rápida implementação capazes de dinamizar o uso de energia solar fotovoltaica no País.
Como medida central, a Absolar recomenda a criação de um programa nacional solar fotovoltaico, sinalizando à sociedade brasileira, ao mercado e ao setor que a fonte será parte estratégica da política de desenvolvimento do País. Para isso, propõe a incorporação pelos candidatos de uma meta de estado de atingir pelo menos 30 Gigawatts (GW) da fonte solar fotovoltaica na matriz elétrica brasileira até 2030.
Com este compromisso, o setor pretende contribuir com a atração ao Brasil de R$100 bilhões em novos investimentos privados, proporcionando a geração de 1 milhão de novos empregos qualificados. A primeira fase deste programa, planejada para ser implementada no período de 2019 a 2022, será capaz de movimentar R$ 35 bilhões e gerar 350 mil novos empregos.
Para viabilizar a meta principal de 30 GW até 2030, a Absolar sugere a criação de novas linhas de financiamento que possibilitem a democratização do acesso à tecnologia, para que residências, comércios, indústrias, produtores rurais e prédios públicos possam a gerar sua própria energia renovável, limpa e competitiva a partir do Sol, reduzindo seus gastos e aliviando seus orçamentos.
Novos leilões de energia solar fotovoltaica pelo Governo Federal também são parte da proposta, que enxerga nos projetos de grande escala uma oportunidade de diversificar a matriz, aliviar a pressão sobre recursos hídricos e reduzir o uso de termelétricas emergenciais, mais caras e poluentes.
Para fortalecer a geração de empregos locais qualificados e trazer mais tecnologia e inovação ao País, a entidade defende a adoção de uma política industrial competitiva para baratear equipamentos fotovoltaicos fabricados no Brasil, reduzindo a elevada tributação sobre as matérias primas utilizadas pelo setor.
“O Brasil está 15 anos atrasado em comparação com os países desenvolvidos na área da energia solar fotovoltaica e, portanto, é necessária a estruturação de um programa nacional para o desenvolvimento do setor solar fotovoltaico brasileiro, tanto na geração centralizada quanto na geração distribuída, além de medidas que contemplem o avanço da cadeia produtiva do segmento”, comentou Rodrigo Sauaia, presidente executivo da Absolar.
Para o presidente do Conselho de Administração da entidade, Ronaldo Koloszuk, o Brasil tem excelente recurso solar e possui condições privilegiadas para se tornar uma liderança mundial na área. Levantamento realizado pelo Ibope Inteligência em 2018 apontou que 9 em cada 10 brasileiros quer gerar energia renovável em casa. “Além disso, pesquisas realizadas pelo Ibope Inteligência em 2018 e 2017, pelo Datafolha em 2016 e pelo DataSenado em 2015, comprovaram que a fonte solar fotovoltaica conta com amplo apoio de mais de 85% da população brasileira”, ressalta.