Diretores da Aneel visitam UTE de Roraima
Da Redação, de Brasília (Com apoio da Aneel) —
Diretores da Aneel visitaram esta quinta-feira, 20 de setembro, a termelétrica de Monte Cristo, em Boa Vista (RR), principal usina do parque gerador do Estado, que vem sendo acionado para garantir o suprimento à população de Roraima, em meio às interrupções no fornecimento de energia vindo da Venezuela. Participaram da visita o diretor-geral da Aneel, André Pepitone e o diretor Rodrigo Limp. O objetivo do Governo é tornar Roraima autônoma em energia elétrica, dispensando a energia importada da Venezuela.
Desde as 13h30m de domingo (horário de Boa Vista), o parque térmico de Roraima tem abastecido sozinho o Estado, sem o uso de energia da Venezuela, em uma operação preventiva que vem sendo supervisionada pela agência reguladora.
“Viemos aferir o funcionamento destas térmicas, que desde domingo estão garantindo a qualidade do serviço de energia elétrica ao consumidor de Roraima”, disse o diretor-geral André Pepitone.
Com 125 megawatts MW de capacidade, Monte Cristo é a maior usina térmica do Estado. Além dela, estão sendo despachadas as usinas de Floresta (40 MW), Distrito (40 MW) e Novo Paraíso (12 MW).
O acionamento do parque térmico ocorre a partir de uma determinação do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) e tem como objetivo assegurar o abastecimento no Estado, afetado pelos cortes na linha que vem da Venezuela.
“A geração de energia nas térmicas locais garante a confiabilidade no atendimento ao Estado, independentemente do fornecimento da Venezuela”, disse o diretor Rodrigo Limp.
Os diretores fizeram a visita acompanhados dos presidentes da Eletronorte, Luiz Henrique Hamann, do diretor de operações da Boa Vista Energia, Waldemar André Johansson Filho, e do presidente da Oliveira Energia, Orsine Oliveira.
Sem energia da Venezuela
Com os seguidos desligamentos da linha de transmissão que conduz energia elétrica da Venezuela para Roraima, a Eletrobras Distribuição Roraima vem realizando, sob supervisão da Aneel, operação contínua do parque térmico local, iniciada a partir das 13h30m de domingo (horário de Boa Vista), sem o uso de energia importada da Venezuela.
A medida é preventiva e partiu de determinação do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE). Com o acionamento do parque térmico local, o objetivo do Governo Federal foi garantir a confiabilidade e a qualidade do suprimento de energia elétrica em Roraima, mesmo no caso de uma eventual interrupção prolongada no fornecimento que vem da Venezuela.
Além da possibilidade de corte definitivo, a precariedade do envio dessa energia importada levou as autoridades a realizar a geração autônoma de energia no Estado.
Com todos esses problemas, do início do ano até setembro, já foram registrados 65 blecautes em Roraima, sendo que nos últimos 60 dias ocorreram 13 incidentes em julho, 10 em agosto e 34 somente no último mês, o que demonstra a frequente descontinuidade no sistema.
O diesel usado pelas usinas térmicas na operação será custeado pela Conta de Consumo de Combustíveis (CCC), rateada entre todos os consumidores do sistema interligado nacional (SIN), por meio da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE).
No início de setembro, a diretoria da agência aprovou a revisão do orçamento da CDE, justamente para acomodar, até dezembro de 2018, entre outros custos, os gastos com o acionamento das térmicas no Estado, devido à possibilidade de interrupção no fornecimento da Venezuela. Foram provisionados R$ 406 milhões para a substituição da energia da Venezuela por geração termelétrica a diesel.
O parque térmico de Roraima é formado por quatro usinas principais: Monte Cristo (125,1 MW), Floresta (40 MW), Distrito (40 MW) e Novo Paraíso (12 MW).