PLD cai 19% em todos os submercados
Da Redação, de Brasília (com apoio da CCEE) —
A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE informou que o Preço de Liquidação das Diferenças – PLD para o período entre 10 e 16 de novembro caiu 19%, ao passar de R$ 149,95/MWh para R$ 120,77/MWh nos submercados Sudeste/Centro-Oeste, Sul, Nordeste e Norte.
O principal fator para a queda do preço em todos os submercados é previsão mais otimista de afluências em todo o Sistema, principalmente no Sudeste com ENAs esperadas em 116% da média histórica, elevação de 4.100 MWmédios em energia. As afluências são esperadas em 118% da média no Sul, 70% no Nordeste e em 81% da MLT no Norte.
Para a próxima semana, a expectativa é que a carga fique em torno de 90 MWmédios mais alta no SIN, índice esperado apenas no Sudeste. Nos demais submercados, a carga não apresenta variações frente à última semana.
Os níveis dos reservatórios do SIN ficaram cerca de 1.300 MWmédios mais altos em relação ao esperado, com elevação em todos os submercados: Sudeste (+610 MWmédios), Sul (+525 MWmédios), Nordeste (+105 MWmédios) e Norte (+60 MWmédios).
Já o fator de ajuste do MRE previsto para novembro permanece em 77,7%. Os Encargos de Serviços do Sistema – ESS esperados para o período estão em R$ 95 milhões, sendo R$ 71 milhões referentes à restrição operativa e os demais R$ 24 milhões relacionados à reserva operativa de potência.
Consumo
Dados preliminares de medição coletados entre os dias 1º e 31 de outubro indicam aumento de 1,1% no consumo de energia elétrica no país, quando comparados ao mesmo período de 2017. As informações são do boletim InfoMercado Semanal Dinâmico, da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE, que traz dados prévios de geração e consumo de energia, além da posição contratual líquida atual dos consumidores livres e especiais.
Ao longo de outubro, o consumo no Sistema Interligado Nacional – SIN alcançou 62.915 MWmédios, montante de energia 1,1% superior aos 62.241 MWmédios consumidos no mesmo período do ano passado.
O Ambiente de Contratação Regulado – ACR (cativo), no qual os consumidores são atendidos pelas distribuidoras (onde estão inseridos os consumidores residenciais, comerciais, industriais, rurais, serviços, iluminação pública e outros), ficou praticamente estável ao apresentar queda de 0,1% no consumo, índice que leva em conta a migração de consumidores para o mercado livre (ACL) na análise. Caso esse movimento dos agentes fosse desconsiderado, o consumo registraria aumento de 1%.
No Ambiente de Contratação Livre – ACL, no qual as empresas compram energia diretamente dos fornecedores (com consumidores de atividade industrial/comercial/serviços), há registro de aumento no consumo em ambos os cenários. No que inclui as cargas oriundas do ACR na análise, o aumento seria de 4%, enquanto a análise sem a migração aponta índice 1,3% superior na comparação com 2017.
Dentre os ramos da indústria avaliados pela CCEE, incluindo dados de autoprodutores, varejistas, consumidores livres e especiais, o setor de extração de minerais metálicos (+6,6%), alimentício (+4,1%) e de minerais não-metálicos (+3,9%) foram os segmentos com maior aumento no consumo, quando a migração é desconsiderada. Por outro lado, os ramos de comércio (-2,4%), metalurgia (-2%) e têxtil (-1,9%) apresentaram os maiores índices de retração no consumo dentro do mesmo cenário sem migração.
O InfoMercado Semanal Dinâmico também apresenta estimativa da produção das usinas hidrelétricas integrantes do Mecanismo de Realocação de Energia – MRE, em outubro, equivalente a 67,46% de suas garantias físicas, ou 43.125 MWmédios em energia elétrica. Para fins de repactuação do risco hidrológico, o percentual é de 78,5%.