Consumo de GN é o maior em 39 meses
O consumo de gás natural no mês de setembro foi o maior registrado no País em um período de 39 meses, informou, nesta quarta-feira, 05 de dezembro, a Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado (Abegás). No total, o Brasil fez uso de 79,2 milhões metros cúbicos/dia no nono mês deste ano, nível mais alto desde junho de 2015, quando o consumo havia sido de 79,3 milhões de metros cúbicos/dia. Na comparação com agosto, o crescimento foi de 9,8%. Já no acumulado do ano, a alta é de 4,4%, frente à média dos nove meses iniciais de 2017.
As informações fazem parte do levantamento estatístico da Abegás, feito com concessionárias em 20 estados, reunindo dados em diversos segmentos: residencial, comercial e automotivo, entre outros.
No acumulado do ano, todos os segmentos tiveram crescimento em relação aos números do mesmo período em 2017. O destaque foi a escalada de consumo do Gás Natural Veicular, com 12%, saindo de 5,3 milhões de metros cúbicos/dia para 5,9 milhões de metros cúbicos/dia.
Nas residências, o consumo tem registrado crescimento expressivo em 2018, com um aumento de 7,2% no acumulado até setembro e 12,3% ante o mês anterior. O resultado reflete a expansão das redes de distribuição de gás natural que hoje atende a mais de 3,4 milhões de famílias, segundo a Abegás.
“Nosso levantamento acaba sendo um indicador do quadro da economia brasileira. Por isso, é bastante significativo o fato de que o consumo total tenha alcançado seu maior patamar em 39 meses, depois de um período prolongado de recessão”, disse, em nota, o presidente executivo da Abegás, Augusto Salomon.
Novo governo
Segundo Salomon, o gás natural é a melhor fonte energética de transição para uma economia dominada pelas chamadas novas energias renováveis, sobretudo por causa da menor emissão de gases causadores do efeito estufa.
“Por isso, apresentamos ao governo eleito um documento de 52 páginas com propostas para que o Brasil também possa ampliar a demanda de gás natural, inclusive substituindo gradualmente a frota pesada movida a diesel por veículos a GNV”, completa Salomon.