PLD sobe 12% em todos os submercados
Da Redação, de Brasília (com apoio da CCEE) —
A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE informou que o Preço de Liquidação das Diferenças – PLD para o período entre 08 e 14 de dezembro subiu 12% ao passar de R$ 59,04/MWh para R$ 66,13/MWh nos submercados Sudeste/Centro-Oeste, Sul e Norte. Já o preço no Nordeste passou a R$ 66,41/MWh, descolado dos demais, uma vez que seus limites de recebimento de energia no patamar de carga leve foram atingidos.
As afluências previstas para o Sistema Interligado Nacional – SIN permaneceram em 110% da média histórica, mas apresentaram baixas no Sudeste (de 121% para 115% da MLT) e no Sul (de 83% para 74% da média), principal fator para o aumento do PLD.
A carga esperada para a próxima semana no SIN deve ficar em torno de 85 MWmédios mais baixa, com redução esperada apenas no Norte (-155 MWmédios) e elevação no Nordeste (+70 MWmédios). Nos demais submercados, a carga é a mesma da expectativa anterior.
Os níveis dos reservatórios do SIN ficaram cerca de 1.340 MWmédios mais altos frente à previsão da semana passada, com elevações registradas no Sul (+260 MWmédios), Nordeste (+780 MWmédios) e no Norte (+300 MWmédios). No Sudeste, os níveis permanecem os mesmos.
O fator de ajuste do MRE para dezembro foi revisto de 96,7% para 97,4%. A previsão de Encargos de Serviços do Sistema – ESS para o período é de R$ 325 milhões, sendo R$ 122 milhões referentes à restrição operativa e R$ 203 milhões por conta da reserva operativa de potência.
Aumento de 2% no consumo
Dados preliminares de medição coletados entre os dias 1º e 30 de novembro apontaram aumento de 2% no consumo de energia elétrica no país, quando comparados ao mesmo período de 2017. As informações são do boletim InfoMercado Semanal Dinâmico, da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE, que traz dados prévios de geração e consumo de energia, além da posição contratual líquida atual dos consumidores livres e especiais.
Ao longo de novembro, o consumo no Sistema Interligado Nacional – SIN alcançou 62.985 MWmédios, montante de energia superior aos 61.777 MWmédios consumidos no mesmo período do ano passado.
O Ambiente de Contratação Regulado – ACR (cativo), no qual os consumidores são atendidos pelas distribuidoras (onde estão inseridos os consumidores residenciais, comerciais, industriais, rurais, serviços, iluminação pública e outros), registrou aumento de 1,5% no consumo, índice que leva em conta na análise a migração de consumidores para o mercado livre (ACL). No cenário sem a migração, haveria incremento de 2,6% no consumo, variação influenciada pelos feriados e pelas altas temperaturas presentes este ano, na comparação com o mesmo período de 2017.
Já no Ambiente de Contratação Livre – ACL, no qual as empresas compram energia diretamente dos fornecedores (com consumidores de atividade industrial/comercial/serviços), o consumo cresceu 3,1% quando o movimento de agentes é incluído na análise. Há aumento de 0,4% no consumo quando as novas cargas oriundas do ACR não são consideradas.
Dentre os ramos da indústria avaliados pela CCEE, incluindo dados de autoprodutores, varejistas, consumidores livres e especiais, o setor de minerais não-metálicos (+8,4%), madeira, papel e celulose (+3,7%) e alimentício (+2,9%) foram os segmentos com maior evolução no consumo, quando a migração não é considerada na análise. Por outro lado, os ramos de transportes (-3,3%), metalurgia e produtos de metal (-2,9%) e de veículos (-2,5%) apresentaram retração no consumo, dentro do mesmo cenário sem migração.