Toyota lança primeiro híbrido flex
Da Redação, de Brasília (com apoio do MME) —
“É uma tecnologia que vai melhorar a qualidade de vida de todos nós, porque vamos ter a possibilidade de conviver em um ambiente mais limpo do ponto de vista energético. Mobiliza conhecimento científico, estimula a pesquisa e entra em uma área importante para nós porque esse carro terá a companhia do etanol. ”, afirmou o ministro de Minas e Energia, Moreira Franco ao abrir a cerimônia de divulgação da tecnologia para produção do primeiro veículo híbrido flex do mundo. O evento contou com a presença do presidente da República, Michel Temer, nesta quinta-feira, 13 de dezembro, no Palácio do Planalto.
A tecnologia do motor hibrido flex é fruto de uma parceria da montadora Toyota com universidades federais brasileiras, o que evidencia a capacidade de inovação do País e permitirá a circulação do veículo mais limpo do mundo. De acordo com a Associação Brasileira Engenharia Automotiva (AEA), ao utilizar o biocombustível, o veículo emitirá um terço das emissões, em comparação com os elétricos que circulam na Europa.
A montadora estima investimentos da ordem de R$ 1 bilhão em sua unidade no Brasil para produção de carros híbridos, o que permite cumprir o objetivo de garantir energia limpa. A tecnologia será útil para garantir segurança, estabilidade e, futuramente, carros a preços mais justos aos brasileiros.
A parceria foi possível por conta do cenário construído nos dois últimos anos pela integração de duas políticas públicas do Governo Federal: RenovaBio e Rota 2030.
O RenovaBio é a Política Nacional de Biocombustíveis que tem por objetivo oferecer uma matriz nacional de combustíveis mais limpa por meio do aumento da participação dos biocombustíveis, com previsibilidade aos agentes de mercado e orientando investimentos em expansão da produção.
O Rota 2030 é o Regime Automotivo Brasileiro aprovado no Congresso Nacional que tem como base a matriz de combustíveis sinalizada pelo RenovaBio. O programa direcionou os incentivos necessários à indústria automotiva, compatíveis com a oferta de combustíveis no horizonte decenal.
Produção de biocombustíveis
A coordenação destas políticas e a adequada sinalização dada pelo Governo nos últimos dois anos propiciaram uma oferta recorde de etanol já neste ano de 2018. A produção da safra 2018/19 está estimada em 31 bilhões de litros de etanol, 13% superior à registrada na safra anterior. O resultado disso é que o etanol hidratado, neste ano, tem participação recorde na matriz. Entre janeiro e outubro de 2018, 51% da demanda de combustíveis para veículos leves foi suprida por etanol.
Outro aspecto relevante foi o papel do etanol como redutor do preço dos combustíveis ao consumidor neste ano de 2018. Os três primeiros trimestres foram marcados pelo aumento significativo do preço dos derivados de petróleo. Graças à disponibilização do etanol hidratado, o consumidor teve à disposição um combustível alternativo mais barato. Ou seja, o etanol contribuiu para a redução do preço da cesta de combustíveis no país.
Evidência disso é que, mesmo com início do período de entressafra em dezembro, atualmente o etanol hidratado tem paridade de preços com a gasolina abaixo dos 70% em seis unidades da federação (Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais, Paraíba, Paraná e São Paulo), de acordo com o levantamento de preços da ANP. Esses estados, somados, são responsáveis por 83% do mercado nacional de combustíveis.