MVE negocia R$ 1 bi em contratos de 11 meses
Da Redação, de Brasília (com apoio da CCEE) —
A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE concluiu na última sexta-feira, 18 de janeiro, a segunda etapa do Mecanismo de Venda de Excedentes – MVE, em que distribuidoras negociam sobras de energia com agentes do mercado livre. Com participação de 29 distribuidoras e 561 compradores, entre comercializadoras, consumidores livres, consumidores especiais e geradores, o mecanismo negociou 616,6 MWmédios em contratos de 11 meses, que terão vigência de fevereiro a dezembro de 2019.
Do total negociado, 311 MWmédios foram de energia convencional com preço de equilíbrio em R$ 227,24/MWh no Sudeste, R$ 228,54/MWh no Sul e de R$ 200,05/MWh no Nordeste. O montante de energia especial negociado somou 255,6 MWmédios, com preço de equilíbrio de R$ 240,53/MWh no Sudeste e de R$ 203,61/MWh no Nordeste. Além disso, 50 MW médios de energia especial foram negociados ao preço do PLD acrescido de R$ 5,10/MWh no Sudeste.
Considerando o tempo dos contratos e os preços de equilíbrio da negociação, estima-se a transação de aproximadamente R$ 1 bilhão entre os participantes. Neste cálculo, é considerada a projeção do PLD médio divulgado pela CCEE, podendo variar de acordo com a consolidação do preço.
Além de ofertar mais energia ao mercado livre, o mecanismo permitiu que 13 distribuidoras reduzissem sua sobrecontratação. As empresas que venderam energia foram COELCE, Eletroacre, DME Distribuição, Escelsa, Bandeirante, Elektro, Energisa MT, Iguaçu Energia, CPFL Piratininga, Cepisa, CELG, Energisa BO e Energisa MG.
Liquidações de energia nuclear
As liquidações financeiras de energia nuclear e cotas de garantia física e potência, referentes a dezembro de 2018, movimentaram R$ 1 bilhão, sendo registradas adimplências de 96,3% e 94,73%, respectivamente, nas operações.
A liquidação financeira de energia nuclear é a operação pela qual 44 distribuidoras de energia elétrica rateiam a produção das usinas de Angra I e II, que pertencem à estatal Eletronuclear e estão instaladas em Angra dos Reis (RJ). Em dezembro, a operação liquidou R$ 284.279.205,20 dos R$ 295.139.514,42 contabilizados, com adimplência de 96,3%.
No caso da liquidação de cotas, a operação somou R$ 760.698.235,68 dos R$ 803.057.324 contabilizados, o que representa adimplência de 94,73%. A liquidação de cotas é a operação na qual 44 distribuidoras de energia pagam para as geradoras envolvidas nesse regime uma receita de venda definida pelo governo – as hidrelétricas cuja concessão foi renovada ou expirada e que são alcançadas pela Lei 12.783/13. Os empreendimentos enquadrados no regime de cotas somam mais de 12 GW médios de garantia física.
Ambas as liquidações foram atribuídas à CCEE em 2013, sendo que a das usinas de Angra passou a ser realizada em separado pela instituição em atendimento à Lei 12.111/2009, enquanto a liquidação de cotas foi atribuída pela Lei 12.783/13.