Câmara rejeita MP de R$ 3,5 bi da Eletrobras
Depois de mais de quatro horas de deliberação, o plenário da Câmara rejeitou a Medida Provisória 879, que prevê um aporte de R$ 3,5 bilhões na Eletrobras, e a matéria foi arquivada. Já havia um acordo entre as lideranças da Casa para deixar a matéria, que perde sua validade nesta quarta-feira, 21 de agosto, caducar.
A líder do governo no Congresso, deputada Joice Hasselmann (PSL-SP), sinalizou a possibilidade na semana passada e disse que o governo já contava com um plano B para o arquivamento da proposta que prevê um aporte bilionário à Eletrobras. De acordo com ela, o Executivo pode enviar ao Congresso um projeto de lei sobre o mesmo tema com um pedido de urgência.
Apesar do acordo, os parlamentares passaram horas votando requerimentos de obstrução. No início da discussão, o líder dos Republicanos, Jhonatan de Jesus (RR), organizou um bloqueio à votação. Ele disse que seu partido não vai votar mais nenhuma medida do governo de Jair Bolsonaro até que o governo se posicione em relação à situação de seu Estado de Roraima, em relação aos refugiados venezuelanos. Na sequência, a obstrução foi comandada pela oposição. Vencida essas etapas, a MP finalmente foi rejeitada.