Reive destaca transição para uma nova matriz
Da Redação, de Brasília (com apoio do MME) —
O Secretário de Planejamento e Desenvolvimento Energético do Ministério de Minas e Energia, Reive Barros, participou, nesta quinta-feira, 26 de setembro, do 2º Seminário “O Futuro do Setor Elétrico Brasileiro, Desafios e Oportunidades” no Rio de Janeiro (RJ). No encontro falou sobre caminhos para uma transição para uma nova matriz elétrica.
Destacou que no âmbito do gás natural, com a visão de integrar o gás do Pré-Sal à matriz energética e ao mercado industrial, um dos resultados esperados com o Novo Mercado de Gás é tornar as termelétricas a gás viáveis, reduzindo assim o preço da energia.
Para 2027, de acordo com o Planejamento Decenal de Energia, a previsão de produção bruta de gás natural é aumentar 97%, chegando a 217 milhões m³ por dia em 2027. A expectativa é que a geração térmica a gás natural chegue a 11% da capacidade instalada do País no mesmo período. O número representa um aumento de 10.000 MW.
Sobre fonte nuclear, o Secretário destacou que as usinas de Angra 1 e 2 geraram 2,6% do total gerado no País em 2018, com capacidade instalada total de 2 GW. Incluindo Angra 3, com operação comercial prevista para 2026, a expectativa é que a capacidade instalada da fonte aumente para 3.395 GW em 2027.
O Secretário também esclareceu que está em fase final de elaboração o Plano Nacional de Energia (PNE), que está sendo atualizado para o horizonte de 2050, onde consta o planejamento para a construção de mais seis reatores nucleares. A estimativa do Governo é de que na construção das novas usinas serão realizados investimentos de US$ 30 bilhões nas novas usinas.
O PNE subsidia o governo federal na formulação de sua estratégia para a expansão da oferta de energia no longo prazo. Já o Plano Decenal de Energia, que tem horizonte de 10 anos, é um instrumento de planejamento de curto prazo e está sendo produzido para cobrir o período 2019-2029. Neste último vislumbra-se apenas a entrada em operação de Angra 3.