Energisa aumenta vendas mas lucro é pequeno
Da Redação, de Brasília (com apoio da Energisa) —
O Grupo Energisa registrou Ebitda ajustado de R$ 979,9 milhões no terceiro trimestre de 2019, aumento de 28,2% em relação ao período equivalente de 2018. A receita operacional líquida consolidada, sem receita de construção, cresceu 12,5% no trimestre em relação ao último ano e chegou a R$ 4.218,0 milhões. Sem considerar as distribuidoras recém adquiridas de Rondônia e Acre, o Ebitda Ajustado (pro forma) evoluiu positivamente em 33,1% e alcançou R$ 1.017,2 milhões em igual período.
As vendas de energia da empresa encerraram o trimestre com crescimento de 4,4%, índice superior à média registrada no país, que recuou 0,2% no período, segundo dados da Empresa de Pesquisa Energética (EPE). O indicador foi impulsionado pelas altas temperaturas em algumas regiões. Com exceção da classe industrial, houve um aumento nas vendas em todas as outras classes. No total, foram 8.881,9 GWh consumidos em todas as áreas de concessão. As classes residencial, comercial e rural tiveram crescimentos de 8,2% (238,6 GWh), 6,3% (103,3 GWh) e 1,7% (15,8 GWh), respectivamente, enquanto a industrial apresentou redução de 1,8% (33,9 GWh).
A dívida líquida consolidada totalizou R$ 12.867,1 milhões em setembro de 2019, contra R$ 11.869,3 milhões em junho, representando um indicador de Dívida Líquida por Ebitda Ajustado de 2,8 vezes. Já o lucro líquido (contábil) foi de R$ 53,9 milhões, uma redução de 79,2% em igual comparação, enquanto o lucro líquido (pro forma), sem Rondônia e Acre, foi de R$ 245,6 milhões, observando-se uma redução de 5,3%.
Esse resultado foi reflexo de alguns efeitos extraordinários, em especial do efeito “não caixa” da marcação a mercado do bônus de subscrição conjugado com a 7ª Emissão de debêntures da Companhia no montante de R$ 171,7 milhões, sem os quais o lucro líquido no terceiro trimestre deste ano teria sido de R$ 369,2 milhões, 33% acima do apresentado no 3T18, de R$ 277,7 milhões.
“O mercado de energia atendido pelo Grupo Energisa continua apresentando altas taxas de crescimento do consumo, com destaque para nossas concessões no Centro-Oeste e no Norte do Brasil. Além disso, seguimos investindo bastante em nossas unidades, a fim de melhorar os indicadores de qualidade, com destaque para a Energisa Rondônia e Energisa Acre”, afirma Maurício Botelho, Vice-Presidente Financeiro e Diretor de Relações com Investidores do Grupo Energisa.
Investimentos
Os investimentos realizados pela Energisa no terceiro trimestre de 2019 somaram R$ 869,6 milhões, montante 92,7% maior do que o valor investido em igual período do ano passado. Só nas distribuidoras recém-adquiridas em Rondônia e no Acre o investimento foi de R$ 198,1 milhões, sendo R$ 146,4 milhões na ERO e R$ 51,7 milhões na EAC.
Os recursos foram destinados, principalmente, a ativos elétricos nas distribuidoras do Grupo, que receberam R$ 728,5 milhões, a fim de promover a expansão, reforço da rede e a melhoria contínua da qualidade da energia. Os investimentos em transmissão alcançaram R$ 120,8 milhões neste trimestre. Até o fim do ano, a Energisa planeja investir R$ 2,8 bilhões, dos quais cerca de R$ 2,4 bilhões nas 11 distribuidoras do Grupo e R$ 700 milhões somente nas distribuidoras dos estados de Rondônia e Acre.
Perdas de Energia Elétrica
As perdas totais consolidadas do Grupo Energisa nos 12 meses terminados em setembro somaram 5.762,9 GWh, representando 13,60% da energia injetada, praticamente estável em comparação com junho de 2019 e setembro de 2018. Sem a contabilização das novas empresas, as perdas totais representam 11,60% da energia injetada, ou 4.233,2 GWh.
Uma das concessões que mais contribuiu para a redução das perdas consolidadas no trimestre foi a Energisa Mato Grosso (EMT), que fechou o trimestre em 13,63%, uma redução de 0,76 ponto percentual em relação a setembro de 2018, e já abaixo do nível de perdas regulatórias. Já na Energisa Acre, houve uma redução significativa de 1,51 ponto percentual em comparação com setembro anterior. Ao todo, oito distribuidoras obtiveram um índice de perdas inferior à meta regulatória estabelecida pela ANEEL.
Indicadores de qualidade
Com exceção da Energisa Rondônia (ERO), todas as distribuidoras do Grupo apresentaram desempenho melhor que a meta da Aneel para os indicadores FEC (frequência das interrupções) e DEC (duração das interrupções) em setembro, com destaque para as distribuidoras Energisa Tocantins (ETO), Energisa Mato Grosso (EMT) e Energisa Sergipe (ESE). Para a Energisa Rondônia (ERO), há um plano de reversão de indicadores em prática desde sua aquisição pela Energisa.
A Energisa Tocantins (ETO) atingiu seu melhor resultado histórico e a melhor evolução de desempenho dos indicadores de qualidade do serviço entre as empresas legadas, isto é, não considerando a Energisa Rondônia (ERO) e a Energisa Acre (EAC). Já a Energisa Mato Grosso (EMT) conseguiu a segunda maior redução nesses indicadores, levando em conta o mesmo grupo.