Janeiro de 2020 apresenta queda no consumo
Da Redação, de Brasília (com apoio da CCEE) —
A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE divulgou o balanço de geração e consumo de energia referente a janeiro de 2020. Segundo o levantamento preliminar, entre os dias 1º e 31 do mês passado, o consumo registrou queda de 4,3% em relação ao mesmo período do ano passado, alcançando 64.962 MW médios. Os dados constam do boletim InfoMercado Quinzenal publicado no site da instituição (www.ccee.org.br).
O Ambiente de Contratação Regulada – ACR apresentou retração no consumo de 5,7% em relação a janeiro de 2019, considerando a mudança de clientes cativos para o Ambiente de Contratação Livre – ACL. Excluindo o impacto das migrações, o ACR registraria diminuição de 3,9%.
O mercado livre, por sua vez, apresentou queda de 0,5% no consumo em relação ao mesmo período do ano passado. Eliminando o impacto da migração de novas cargas, essa redução seria de 5,2% na mesma comparação.
Os consumidores livres apresentaram retração de 1,5%, já os especiais aumentaram em 15,1%, influenciados pela migração. Suprimindo tal efeito, observa-se queda de 3,8% para os livres e queda de 3,0% para os especiais. Os autoprodutores diminuíram seu consumo em 16,1%.
Os segmentos que registraram maior recuo de consumo, considerando autoprodutores, comercializadores varejistas, consumidores livres e especiais, foram: extração de minerais metálicos (- 22,3%), madeira, papel e celulose (- 6,3%) e químicos (-5,5%), mesmo com a migração dos consumidores para o mercado livre. Ao excluirmos essa mudança para o ACL, verificamos queda na maior parte dos segmentos e destacamos a diminuição dos ramos: extração de minerais metálicos (- 23,4%), químicos (9,7%), madeira, papel e celulose (- 8%) e serviços (- 7,1%).
A geração de energia elétrica também apresentou queda em janeiro de 2020 em relação ao mesmo período do ano passado, somando 68.411 MW médios, resultado 3,9% abaixo dos 72.213 MW médios de 2019. As usinas a gás natural, carvão mineral e fotovoltaica apresentaram aumento de 104,7%, 306,3% e 7,1%, respectivamente. Já as hidráulicas e eólicas registraram redução na geração de 10,3% e 35,1%, respectivamente.