Pandemia leva Total a revisar preços do óleo
Da Redação, de Brasília (com apoio da Total) —
A Total, gigante francesa da área de petróleo e gás, fez uma revisão da sua estimativa de preços dos produtos para os próximos anos, com base nos impactos causados mundialmente pela crise sanitária provocada pelo Covid-19.
No ano passado, a Total havia estabelecido um preço para o óleo do tipo Brent da ordem de 50 dólares o barril, em média, olhando para o horizonte de 2050, em linha com o cenário econômico então existente antes da pandemia. Mudou tudo, em função dos preços baixos alcançados pelo barril em 2020, com a semi-paralisação da economia mundial.
Na revisão anunciada nesta quarta-feira, 29 de julho, em Paris, a Total assinalou que agora está calculando o preço do barril de Brent da ordem de 35 dólares neste ano, 40 dólares em 2021, 50 dólares em 2022 e 60 dólares em 2023. Os preços do gás natural, de acordo com a petrolífera francesa, seriam ajustados em consequência.
Entretanto, na visão dos economistas da empresa, haverá uma recuperação da economia mundial, o que provocará insuficiência de capacidade de produção no nível mundial, resultando em impactos altistas nos preços do óleo e gás. Essa alta, entretanto, deverá ser estabilizada por volta de 2030, levando em considerando os avanços tecnológicos que no período serão obtidos na área de transportes. Na média, no longo prazo, considerando o período 2020/2050, a Total estima que o Brent ficará estabilizado em torno de 56,8 dólares o barril.