Cemig integra P&D para planejar SEB
Da Redação, de Brasília (com apoio da Cemig) —
Está finalizado o projeto Matriz Energética e Aprimoramento da Sistemática de Inserção Ambiental no Planejamento da Expansão do Sistema Elétrico – ou “Projeto Sinapse”. Trata-se de uma parceria entre várias empresas do setor elétrico – proposta pela Companhia Energética Candeias, com participação da Cemig – dentro do Programa de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico (P&D) regulado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
O objetivo da iniciativa é desenvolver uma metodologia para a análise integrada de aspectos técnicos-econômicos e socioambientais associados ao planejamento da geração de energia elétrica em médio e longo prazos, baseando-se em indicadores de competitividade e sustentabilidade das diferentes fontes geradoras. Segundo a Cemig, o projeto contribui para aprimorar a sistemática de inserção da variável ambiental no planejamento da expansão da oferta de energia elétrica no Brasil.
O Projeto Sinapse foi executado entre dezembro de 2017 e junho de 2020, com custo total da ordem de R$ 2,6 mi. A Cemig contribuiu com 7,71% desse valor. “A inserção de sustentabilidade no planejamento requer um sólido arcabouço metodológico, com recomendações que reduzam as dificuldades para implantar novos empreendimentos. Essa foi a motivação para essa pesquisa que, além da Cemig, contou com as executoras Coppe/UFRJ, Diversa Consultoria em Sustentabilidade, MRTS Consultoria, Sinerconsult e WeSee”, explica Gabriel Mallab, engenheiro de Meio Ambiente da Cemig e representante da companhia no projeto conjunto.
A concepção do projeto se deu no Grupo de Trabalho de Meio Ambiente da Associação Brasileira dos Produtores Independentes de Energia Elétrica (Apine), que conta com participação da Cemig. Os resultados já são observados, como a criação da matriz de indicadores de sustentabilidade de fontes de geração, que possibilita a construção dos Índices de Sustentabilidade de Fontes de Geração de Energia Elétrica e permite que variáveis ambientais sejam também fatores quantitativos, assim como os técnicos e econômicos, no planejamento.
A metodologia e o modelo propostos serão aplicáveis tanto nas etapas de preparação e de elaboração dos planos de expansão da geração, quanto na avaliação de alternativas de expansão propostas. “A metodologia também será útil na avaliação dos benefícios e prejuízos ao meio ambiente advindos da implantação de uma usina – seja hidrelétrica, termelétrica, fotovoltaica, eólica ou nuclear – o que permitirá selecionar alternativas de expansão do sistema de geração mais sustentáveis, por meio de indicadores de impactos ambientais, sociais e econômicos, sem prejuízo para a modicidade tarifária, nem para a atratividade dos investimentos em geração”, detalha Gabriel.
“A Cemig e a sociedade tendem a se beneficiar com um setor elétrico melhor planejado, o que motivou o desenvolvimento desse projeto e o interesse de diversas empresas em participar do seu estudo”, completa o engenheiro.