CMSE preocupado com segurança cibernética
Da Redação, de Brasília (com apoio do MME) —
O Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) se reuniu nesta quarta-feira, 02 de setembro, e avaliou, dentre outros assuntos, os desafios relacionados à segurança cibernética no sistema elétrico brasileiro. Sobre o tema, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) apresentou iniciativa, construída em colaboração com os agentes, para proposição de requisitos mínimos de segurança cibernética para a operação do Sistema Interligado Nacional (SIN).
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), por sua vez, apresentou as discussões por ela iniciadas com vistas à regulamentação do tema. Já a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) destacou a amplitude do assunto, que afeta tanto agentes como as instituições setoriais. Após os debates, o Comitê destacou a importância do endereçamento de soluções que visem robustecer a segurança cibernética no setor elétrico brasileiro, em seus diversos segmentos e atividades, especialmente no atual cenário de intensificação do uso de recursos de tecnologia da informação no desenvolvimento dos trabalhos.
Em relação às condições de suprimento de energia elétrica no País, foram destacados os níveis dos reservatórios equivalentes das usinas hidrelétricas em maiores patamares do que os verificados nos últimos anos, inclusive no subsistema Sul, que tem registrado relevante recuperação no segundo semestre de 2020.
O ONS apresentou também informações relativas ao comportamento da carga, que manteve a tendência de crescimento mensal, conforme já observado anteriormente, o que deverá permanecer em função da continuidade do retorno gradual das atividades econômicas e flexibilização das restrições de isolamento social no País. Assim, em agosto, houve aumento de aproximadamente 1,3% na carga do SIN em comparação a julho e de 0,3% em relação a agosto de 2019, com expectativa de crescimento de 2,4% em setembro.
O Comitê reiterou a garantia do suprimento em 2020, com o compromisso da manutenção da prestação dos serviços e atividades dos diversos segmentos do setor elétrico e de atendimento aos consumidores do País.
Durante a reunião, o ministro Bento Albuquerque aproveitou para relembrar as conquistas recentes do Ministério de Minas e Energia. “O último mês foi excepcional porque nós alcançamos alguns resultados que buscávamos há muito tempo. O primeiro foi a aprovação do GSF, do risco hidrológico. Logo em seguida, chegamos a um bom termo com o reservatório de Furnas. Ontem à noite aconteceram dois grandes eventos: o PL do Novo Mercado de Gás, que foi aprovado na Câmara dos Deputados, e a assinatura da Medida Provisória do Consumidor.”
Ao final da reunião, o MME divulgou comunicado informando sobre:
Condições Hidrometeorológicas: em agosto, os maiores volumes de chuvas se concentraram na região Sul do País, com destaque para as bacias dos rios Uruguai e Jacuí. Nas demais bacias de interesse do SIN, não foram observados montantes significativos de precipitações, condição verificada em meses tipicamente secos. Em relação à Energia Natural Afluente (ENA) bruta, foram verificados valores abaixo da média em todos os subsistemas.
Energia Armazenada: em agosto, foram verificados armazenamentos equivalentes de 42,3%, 63,0%, 75,6% e 68,0% nos subsistemas Sudeste/Centro-Oeste, Sul, Nordeste e Norte, respectivamente, e a previsão para o fim de agosto nesses subsistemas é de 37,8%, 59,3%, 61,5% e 51,9%.
Expansão da Geração e Transmissão: a expansão verificada em agosto de 2020 foi de 173 MW de capacidade instalada de geração centralizada[1] de energia elétrica, 172 km de linhas de transmissão e 850 MVA de capacidade de transformação. Assim, a expansão em 2020 totalizou 3.348 MW de capacidade instalada de geração centralizada1, 4.463 km de linhas de transmissão e 8.985 MVA de capacidade de transformação.