ONS aponta retomada da economia
Da Redação, de Brasília (com apoio do ONS) —
O monitoramento do Sistema Interligado Nacional (SIN) aponta que em agosto a demanda por energia bateu a marca de 0,9% de crescimento de carga, se comparado com o mesmo mês do ano anterior. Com relação a julho, verificou-se uma variação positiva de 2%.
No acumulado dos últimos 12 meses, a carga do SIN apresentou uma variação negativa de 1,8%, se a referência for o mesmo período anterior. As informações constam do boletim mensal de carga do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).
Durante o mês de agosto, foi observada a elevação gradual do consumo. O retorno mais amplo das atividades econômicas, após a flexibilização das medidas de isolamento social, é o principal motivo apontado pelo Operador para explicar a curva ascendente. Houve um aumento do uso de eletricidade nas residências, comparativamente ao ano de 2019, por conta da permanência das pessoas em seus domicílios; enquanto nas empresas foi observada queda.
Além disso, outro aspecto que vem afetando diretamente o consumo de luz é a retomada de plantas eletrointensivas (com seu próprio sistema de geração de energia), sobretudo do segmento da metalurgia dos metais não-ferrosos.
De uma maneira geral, os resultados dos vários indicadores utilizados no processo de análise do comportamento da carga continuam apresentando sinais positivos. Depois de quatro meses de pessimismo o empresário da indústria retomou a confiança em agosto. Apesar de ainda se mostrarem insatisfeitos com o nível de demanda os gestores têm notado que o volume de negócios tem se aproximado cada vez mais do período pré-pandemia.
O relatório ainda apresenta os dados consolidados e as variações por quatro regiões – todas já apresentando índices positivos ou igual a zero. O subsistema Norte se destaca dos demais e o crescimento da carga foi de 3,8%.
O Sudeste/Centro Oeste, que concentra a maior parte das indústrias no País, fechou agosto com alta de 0,9%. O Sul registrou aumento de 0,1% no consumo e o Nordeste ficou com zero porcento de incremento na carga de energia.