ONS aponta 3,8% de crescimento de carga
Da Redação, de Brasília (com apoio do ONS) —
O monitoramento do Sistema Interligado Nacional (SIN) aponta que em setembro a demanda por energia bateu a marca de 3,8% de crescimento de carga, se comparado com o mesmo mês do ano anterior. Com relação a agosto, os percentuais são ainda melhores, com uma variação positiva de 7,4%. Ainda assim, no acumulado dos últimos 12 meses, a carga do SIN apresentou uma variação negativa de 1,7%. As informações constam do boletim mensal de carga do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).
Em setembro, a carga de energia manteve a trajetória positiva iniciada em junho deste ano. A recuperação das atividades econômicas, após a flexibilização das medidas de isolamento social, para tentar conter a pandemia do coronavírus, justificam o comportamento. Além disso, também contribuiu para a melhoria dos índices, a elevação das temperaturas dos termômetros em grande parte do Brasil.
Com a permanência dos indivíduos em suas casas, este fator intensificou a utilização de equipamentos de refrigeração ou ventilação nas residências, com consequente elevação do consumo. Ainda durante o mês, notou-se a retomada das plantas eletrointensivas, cujo consumo vinha se mantendo reduzido desde março, e alavancou ainda mais o uso da eletricidade.
De uma maneira geral, os resultados dos vários indicadores utilizados no processo de análise do comportamento da carga continuam apresentando sinais positivos. O setor industrial brasileiro apresentou expansão em níveis quase recordes em novas encomendas e na produção, além de um retorno ao crescimento das vendas para exportação. As empresas aumentaram a contratação de mão de obra e a atividade de compra apresentaram um maior otimismo em relação à produção no futuro. Por outro lado, o aumento nos preços, tanto de insumos, quanto de produtos, atingiu números recordes da pesquisa.
O relatório do mês ainda apresenta os dados consolidados e as variações positivas pelas quatro regiões. O subsistema Sul, se comparado com setembro de 2019, saiu na frente e foi o que apresentou, no período, maior avanço, tendo registrado 5% de crescimento ou 11.477 MW médios. Em seguida, a região Norte com aumento de 4,1% ou 5.981 MW médios; Sudeste/Centro-Oeste, com incremento de 3,6% ou 40.831 MW médios, e o Nordeste com 3,2% de ascensão ou 11.033 MW médios.