CTG Brasil faz P&D sobre geração solar
Da Redação, de Brasília (com apoio da CTG Brasil) —
O objetivo da pesquisa é melhorar a previsibilidade de desempenho de usinas fotovoltaicas, aumentar a produtividade e estender a vida útil dos equipamentos, com potencial de reduzir 5% a 10 % o custo de geração da fonte. Um dos principais desafios da fonte fotovoltaica, segundo a CTG, é o estabelecimento de referências de desempenho nas condições de clima e uso do Brasil, pois há troca constante de tecnologia e os padrões são definidos em laboratórios, sem consideraras condições reais de uso.
O projeto consiste na pesquisa dos fatores que afetam o desempenho, disponibilidade e a confiabilidade das mais modernas tecnologias fotovoltaicas de módulos bifaciais e de inversores e, em paralelo, na caracterização das condições de operação em cinco locais, principalmente no Nordeste brasileiro.
A condução da pesquisa será realizada por três instituições, que se complementam em capacitações. A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) é responsável pela avaliação de diferentes tecnologias de painéis bifaciais e na implantação de uma nova usina laboratório de 50kW. Com mais de 20 anos de experiência no estudo da fonte, a UFSC conta com o maior laboratório de energia solar da América Latina.
A avaliação dos inversores fica a cargo da Universidade Estadual Paulista (Unesp), no Laboratório de Eletrônica de Potência, localizado em Ilha Solteira (SP), considerada uma das melhores instalações de pesquisa, desenvolvimento e ensaios de inversores fotovoltaicos do País. Paralelamente, o Instituto de Inovação em Energias Renováveis do Senai, no Rio Grande do Norte, avaliará as condições climáticas e de desempenho em cinco estações climáticas e solarimétricas no Nordeste.
O projeto também contempla parcerias com fabricantes de painéis solares, inversores e outros equipamentos. De acordo com Fonseca, “a CTG Brasil acredita na colaboração e na publicação científica aberta para aumentar o impacto do projeto e encoraja instituições interessadas a procurar informações de como contribuir”.
Em 2020, a CTG Brasil direcionou R$ 24,5 milhões a projetos de inovação, um crescimento de 107% em relação a 2019 e um recorde na história da companhia. Os investimentos fazem parte do Programa de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico do Setor de Energia Elétrica, promovido pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Além do setor de energia solar, os esforços foram concentrados, principalmente, em mobilidade elétrica, segurança regulatória para comercialização de energia elétrica e projetos focados em auxiliar o País no enfrentamento da pandemia de Covid-19.
A CTG Brasil tem investimentos em 17 usinas hidrelétricas e 11 parques eólicos, com capacidade instalada total de 8,28 GW. Criada em 2013, é parte da China Three Gorges Corporation, uma das líderes globais em geração de energia limpa.