Nordeste bate recorde de geração solar
Da Redação, de Brasília (com apoio do ONS) —
A região Nordeste registrou nesta quinta-feira, 04 de março, o primeiro recorde do ano de geração solar fotovoltaica média, aponta monitoramento do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). O montante acumulado foi de 541 MW médios, representando 4,7% da demanda do Nordeste no dia. A energia gerada seria suficiente para abastecer por um dia o estado do Piauí ou de Sergipe.
O último recorde de geração de energia solar foi registrado em 03 de abril de 2020, com 532 MW médios. Segundo o ONS, é importante destacar que o novo recorde e o anterior não são inteiramente comparáveis. O recorde de 2020 contemplava apenas usinas coordenadas pelo ONS. Já o novo recorde considera também a geração prevista de usinas sem relacionamento com o Operador, que foi incorporada aos dados em 02/03/2021, com a entrada do conceito de carga global na operação.
A previsão é de que a energia solar chegue ao fim de 2021 representando 2,3% da matriz elétrica brasileira. A geração desta fonte é monitorada pelo ONS desde setembro de 2015.
Março deve ter carga menor
O boletim do Programa Mensal de Operação (PMO) com as previsões para a semana de 06 a 12 de março, do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), aponta queda na projeção de carga para o mês de março. A expectativa de crescimento é de 2,2%, ante os 4,1% indicados na semana anterior, em comparação com o mesmo mês de 2020. O documento indica ainda melhora nos níveis dos reservatórios da região Sul, que deverão chegar a 70,7% até 31 de março.
As previsões de carga consolidadas para as próximas semanas operativas do mês utilizaram como premissas os efeitos relacionados à manutenção do cenário econômico. Entretanto, em função do cenário da pandemia nos últimos dias, diversas cidades voltaram a adotar medidas mais restritivas para conter o avanço dos casos de COVID-19, impactando de forma negativa no comportamento da carga no curto prazo.
A elevação de consumo no Sistema Interligado Nacional (SIN) deverá ser de 70.200 MW médios. O Norte se destaca das demais regiões e deve ter expansão de 4,7%, com 5.702 MW médios. Na sequência, vem o Sudeste/Centro-Oeste com incremento de 2,5% e 40.840 MW médios e o Nordeste com 1,4% de elevação e 11.072 MW médios. O Sul tem estimativa de 0,8% e 12.586 MW médios.
O relatório do ONS prevê ainda melhora no nível dos reservatórios até o fim do mês. O destaque vai para a região Sul, que deverá chegar aos 70,7% de sua capacidade de armazenamento. A previsão é que os volumes de água nos reservatórios do Norte cheguem a 80,4%; e no Sudeste/Centro-Oeste a 37,9%. No Nordeste, a expectativa é de que os reservatórios da região terminem o mês com 71,3% do volume.
O boletim traz ainda informações sobre as afluências. Para o subsistema Norte, a sinalização para o período operativo é de 104% da Média de Longo Termo (MLT). Em seguida, vem o Nordeste com projeção de 95% da MLT; Sul com previsão de 84% da MLT e o Sudeste/Centro-Oeste com 79% da MLT.
Já o Custo Marginal de Operação (CMO) deve registrar queda em todas as regiões. O Norte chega a zerar o valor, que na semana anterior custava R$ 131,23/MWh. Seguindo o ritmo de redução, o Nordeste apresenta recuo de 43,63% passando a custar R$ 76,01/MWh, contra os R$ 134,84/MWh. Com pequena diferença, o custo operacional do Sudeste/Centro-Oeste e Sul também registram queda de 39,73%, saindo do patamar de R$ 134,88/MWh para R$ 81,27/MWh, mantendo-se equiparados.