ONS mantém carga com alta de 15,5%
Da Redação, de Brasília (com apoio do ONS) —
O boletim do Programa Mensal de Operação (PMO), do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), estima que o consumo de energia este mês deverá ser 15,5% maior no Sistema Interligado Nacional (SIN), na comparação com o mesmo período no ano passado. Embora o percentual seja expressivo, o montante deve ser visto de forma conservadora, já que em abril de 2020 foi registrada a maior queda de carga do ano, -11,6%, devido à intensificação das medidas de isolamento social naquele período. O documento é referente ao período de 03 a 09 de abril.
As previsões consolidadas de consumo levaram em consideração a manutenção do desempenho industrial, ainda que em níveis inferiores aos observados no ano de 2020. Somado a isso, há a indicação de que com a maior rigidez das medidas restritivas em parte do país, devido ao avanço da pandemia, o comportamento da carga deverá ser impactado de maneira negativa.
A estimativa é de que a carga alcance 70.113 MW médios em abril. O Sul se destaca dos demais subsistemas e deve ter expansão de 16,5%, com 12.120 MW médios. Na sequência, vem o Norte com incremento de 16,2% e 5.820 MW médios; e o Sudeste/Centro-Oeste com 15,9% de elevação e 40.971 MW médios. O Nordeste tem projeção de 12,9% de crescimento com 11.202 MW médios.
O documento prevê ainda que os volumes dos reservatórios, para o fim do mês de abril, deverão atingir 83% no Norte; 66,9% no Nordeste; 61,3% no Sul e 36% no Sudeste/Centro-Oeste. Em relação às afluências, para a região Norte, a sinalização para a próxima semana, é de vazão de 97% da Média de Longo Termo (MLT). Em seguida, vem o Sudeste/Centro-Oeste com previsão de 68% da MLT; o Sul com projeção de 45% da MLT; e o Nordeste com 39% da MLT.
Ao contrário da semana anterior, o Custo Marginal de Operação (CMO) deve registrar alta na região do Nordeste, saindo do zero para R$ 140,44/MWh. Os subsistemas Sudeste/Centro-Oeste e Sul também apontam avanço, com uma elevação de 48,59% no CMO, saindo do patamar de R$ 106,11/MWh para R$ 157,67/MWh, mantendo-se equiparados. O Norte, por sua vez, mantém o valor zerado pela quinta semana consecutiva.