Agentes da CCEE aprovam contas de 2020
Da Redação, de Brasília (com apoio da CCEE) —
A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE promoveu nesta segunda-feira, 26 de abril, a 22ª Assembleia Geral Ordinária para deliberação das demonstrações financeiras referentes ao ano de 2020. Na ocasião, agentes associados à instituição aprovaram relatórios das auditorias dos processos de contabilização e liquidação financeira das operações, definiram a remuneração e benefícios dos membros dos Conselhos Fiscal e de Administração e acompanharam a apresentação dos principais resultados do ano passado, além de perspectivas para 2021.
Rui Altieri, presidente do Conselho de Administração da CCEE, destacou o bom desempenho da instituição no modelo de trabalho remoto, em função da pandemia de Covid-19, e comentou sobre os avanços no período. “2020 foi um ano desafiador para todos nós, mas a nossa rápida adequação ao cenário adverso e o comprometimento de todos os agentes associados nos permitiram dar sequência nas principais ações e encerrar o calendário com conquistas importantes. Tivemos a evolução de questões referentes ao risco hidrológico, a implementação do PLD Horário, o reconhecimento internacional da Conta-Covid, uma força-tarefa que repassou R$ 12 bilhões para amparar empresas do setor a minimizarem impactos da crise”, ressalta.
Entre os principais resultados apresentados, a CCEE deu destaque para o crescimento expressivo de agentes, que ultrapassou a marca histórica de 11 mil, reforçando a relevância do setor elétrico para a economia brasileira. Os números também contribuíram para que a Câmara registrasse em 2020 as melhores liquidações dos últimos cinco anos. Ao todo, foram liquidados R$ 19,2 bilhões no Mercado de Curto Prazo (MCP), volume 2,6% maior na comparação com os R$ 18,7 bilhões de 2019.
O aumento na demanda por energia, a partir do segundo semestre de 2020, confirmando a previsão da Câmara para uma breve recuperação do setor, também foi um dos pontos abordados durante o encontro. O primeiro trimestre deste ano encerrou com alta de 4,3% e a CCEE acredita que o ano será fechado com aumento de até 3,2% no consumo de eletricidade.
Em relação ao risco hidrológico (GSF), a Câmara de Comercialização comentou sobre o trabalho que vem sendo feito junto à Agência Nacional de Energia Elétrica – Aneel para solucionar um dos principais desafios do setor elétrico e o impacto positivo da antecipação voluntária de parcelas dos agentes com valores em aberto. Segundo a instituição, já foram pagos R$ 6,6 bilhões, reduzindo para R$ 3 bilhões o valor líquido em aberto, e o cenário atual, antes mesmo da homologação dos cálculos feitos pela CCEE para compensar as geradoras, sinaliza para a normalização do mercado.
A conselheira Roseane Santos fez um breve comentário sobre a visão executiva das contas da CCEE e ressaltou os investimentos em melhorias operacionais, infraestrutura tecnológica, capacitação dos seus profissionais e na gestão de clientes. Entre as novidades para 2021, a executiva destacou o redesenho da recontabilização, modernização do portal e continuidade nas ações com foco na diversificação da arrecadação da entidade.
“Seguimos aprimorando nossos controles internos e fazendo isso com base em avaliações dos próprios associados, para que o nosso trabalho seja cada vez mais otimizado”, afirma Roseane. Na assembleia desta segunda, a Câmara também apresentou o índice da Pesquisa de Satisfação dos agentes. Em 2020, 88% dos respondentes afirmaram estarem satisfeitos ou muito satisfeitos com o trabalho da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica.
Esta Assembleia Geral Ordinária foi realizada de forma virtual, respeitando as orientações da Organização Mundial da Saúde – OMS, e a votação das propostas apresentadas seguiu de forma remota por meio de sistema eletrônico desenvolvido pela própria CCEE. Participaram da reunião 4.068 agentes, o correspondente a 49,25 dos votos válidos.
Os relatórios aprovados em votação consideraram as demonstrações financeiras e as operações financeiras do Mercado de Curto Prazo (MCP) Mecanismo de Compensação de Sobras e Déficits (MCSD); Mecanismo de Venda de Excedente (MVE); Energia de Reserva; da Conta-Covid; Centralizadora dos Recursos de Bandeiras Tarifárias (Conta Bandeiras); e Contas Setoriais (Conta de Desenvolvimento Energético (CDE); Conta Consumo de Combustíveis (CCC); e Conta Reserva Global de Reversão (RGR).