Trading marca positivamente balanço da Cesp
Da Redação, de Brasília (com apoio da Cesp) —
A Companhia Energética de São Paulo (Cesp) iniciou o ano com expansão de 21% da receita líquida, atingindo R$ 557 milhões, em função principalmente das operações de trading da CESP Comercializadora, estruturada há um ano.
A companhia, que vem de um amplo redesenho da gestão, registrou crescimento de 115% no lucro líquido, como resultado da reversão de contingências passivas prováveis no período, após revisão de estimativas proporcionada pela evolução positiva de vários casos.
Houve decréscimo de 16% no Ebitda ajustado, de R$ 172 milhões, movimento decorrente do aumento no volume de compra de energia para fazer frente ao cenário hidrológico desafiador, parcialmente compensado pelo menor preço de compra em relação ao mesmo trimestre do ano passado. Para o ano de 2021, a companhia comprou aproximadamente 95% da energia necessária para o equilíbrio de seu balanço energético.
Os resultados do primeiro trimestre refletem o comprometimento da gestão em oferecer as melhores soluções em energia sustentável e os investimentos em transformação digital para modernizar e simplificar a arquitetura tecnológica e a automação.
Com a nova estrutura comercial, a companhia segue avançando em contratos venda de energia no longo prazo, principalmente no quadriênio 2023-2026, ao mesmo tempo em que diversifica a carteira de clientes com novos modelos de contratação e soluções verdes, como os certificados de energia renovável (I-REC).
“Neste trimestre demos início a importantes projetos de ganhos de eficiência na Cesp, particularmente na digitalização de processos críticos, aliados a uma agenda socioambiental ambiciosa e ao início de nosso processo de expansão e diversificação da base de clientes”, afirma Mário Bertoncini, presidente e diretor de Relações com Investidores.
A nova gestão continuou reduzindo o contencioso passivo, que conta com monitoramento próprio, além do suporte de escritórios de advocacia, visando à redução do risco. A empresa encerrou o primeiro trimestre com o total de R$ 10,4 bilhões em contencioso passivo total e ao longo de abril/21, avançou ainda mais na solução dos casos estratégicos, com uma redução adicional de R$ 118 milhões finalizando em R$ 10,2 bilhões, uma redução de 4% após correção monetária. O contencioso passivo provável, base da provisão contábil, totalizou R$ 1,6 bilhão, redução de 13% principalmente em decorrência de revisão de estimativas conforme evolução processual dos casos e acordos judiciais realizados em abril deste ano.
No lado operacional, o índice de disponibilidade médio das usinas no primeiro trimestre de 2021 atingiu 95,8%, em uma trajetória de crescimento consistente e substancialmente acima dos níveis de referência estabelecidos pela Aneel.
“Nosso compromisso de fazer sempre o melhor, trazendo resultados extraordinários para o negócio sem jamais abrir mão da segurança, se reflete em nossos indicadores operacionais”, avalia Bertoncini.
A Cesp atua na geração e comercialização de energia elétrica. Fundada em 1966, a Companhia detém a concessão de duas usinas de geração hidrelétrica, instaladas nas bacias hidrográficas do Rio Paraná e do Rio Paraíba do Sul, no estado de São Paulo. Juntas, as unidades Engenheiro Sergio Motta (Porto Primavera) e Paraibuna somam 1.627 MW de capacidade instalada. Em 2020, as usinas geraram 1.032 MWm de energia.
Com o processo de privatização da Cesp, desde dezembro de 2018, a Companhia é controlada por uma joint venture formada pela Votorantim Energia e pelo Canada Pension Plan Investments (CPP Investments)