Modelagem de Belo Monte pode ser alterada
Da Redação, de Brasília (com apoio do ONS/CCEE) —
O Operador Nacional do Sistema Elétrico – ONS e a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE comunicaram, em nota conjunta, que, em respostas a alguns questionamentos dos agentes de operação e mercado, vêm analisando a modelagem das restrições operativas associadas às usinas hidrelétricas Pimental e Belo Monte, principalmente diante dos resultados observados do Custo Marginal de Operação – CMO e do Preço de Liquidação das Diferenças (PLD) desde o dia 10 de maio.
Segundo as avaliações conduzidas pelo ONS e pela CCEE, segundo o comunicado, “constatou-se a possibilidade de que a atual restrição de taxa de variação de defluência da UHE Pimental, associada aos desvios de previsão de afluências, tenha causado algum impacto sobre a política de geração da UHE Belo Monte e sobre o CMO/PLD estabelecidos pelo modelo computacional Dessem. Principalmente, no que diz respeito à atualização diária no modelo do valor praticado de vazão defluente no Trecho de Vazão Reduzida (TVR) do dia anterior como condição inicial para o dia subsequente”.
Neste sentido, o ONS e a CCEE estão investindo esforços no intuito de aprimorar a modelagem desta restrição e nova comunicação será realizada após a definição de alguma alteração de processo. Além disso, qualquer aprimoramento que for realizado deverá respeitar a previsibilidade de ao menos 30 dias, conforme estabelecido no art. 3º da Resolução CNPE n. 7/2016.
“Considerando a modelagem atual, não foi detectado nenhum erro nos cálculos que se enquadre nas hipóteses listadas na Resolução Normativa Aneel nº 843/2019: inserção de dados, código fonte ou representação de componente do sistema. Ou seja, não há evidências de impropriedades da ferramenta da previsão de vazão (modelo Previvaz) ou da sistemática de atualização da restrição hidráulica”, garantiu a nota conjunta da CCEE e ONS.