Aneel aprova parque solar/eólico no Piauí
Da Redação, de Brasília (com apoio da Votorantim Energia) —
O projeto piloto de parque híbrido da VTRM, joint venture formada pela Votorantim Energia e CPP Investments, foi aprovado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) nesta terça-feira, 18 de maio. Com operação prevista para o início de 2023, este é o primeiro projeto fotovoltaico do Brasil que combina a complementariedade entre as fontes solar e eólica para geração de energia, trazendo ganhos de eficiência ao sistema elétrico nacional.
O projeto aprovado pela agência reguladora funcionará no modelo de parque associado, onde a estrutura da nova usina solar com capacidade inicial para gerar 68,7 MW (85,2 MWp) será instalada em um terreno ao lado do já existente parque Ventos do Piauí I, com uma subestação de transmissão compartilhada. A energia do projeto solar irá complementar a produção do projeto eólico cuja geração é mais intensa no período noturno devido a característica dos ventos na região.
“Esse projeto é resultado da iniciativa da Votorantim Energia em propor uma inovação técnica e regulatória com potencial de transformar o setor de energia no Brasil. Desde 2017, investimos em estudos relacionados a projetos híbridos para avaliar a viabilidade e as vantagens da combinação das fontes solar e eólica, contribuindo com os avanços da regulação para uma iniciativa como esta”, diz Fabio Zanfelice, presidente da Votorantim Energia.
A combinação de fontes de energia com diferentes perfis de produção horária possibilita a otimização e utilização da capacidade ociosa do sistema de transmissão de energia bem como permite a criação de um tipo mais estável de produção, o que contribui para a mitigação da exposição a variações do preço de energia de curto prazo ao longo do dia “Essa decisão da Aneel representa um passo relevante para a modernização do setor, que permitirá a redução de custo de operação e a otimização do uso do sistema de transporte de energia tornando mais competitivos os novos projetos de energia renovável no país”, avalia Zanfelice.
O projeto receberá investimento de R$ 189,98 milhões e conta com financiamento aprovado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). “É com satisfação que vemos mais um resultado bem-sucedido na agenda de modernização do setor elétrico por meio deste projeto-piloto que o BNDES viabilizou junto com a VTRM. Trata-se de uma iniciativa de vanguarda, que envolve novos conceitos regulatórios e tecnológicos alinhados à agenda da transição energética, por meio da otimização dos recursos renováveis”, explicou a superintendente da Área de Energia do BNDES, Carla Primavera.
A produção híbrida integra a estratégia da Votorantim Energia de expandir a geração por meio de energia renovável, condizente com a transição energética necessária para uma economia verde. Além do Ventos do Piauí I, a companhia opera o complexos Ventos do Araripe III, localizados na Serra do Inácio, na divisa dos estados Pernambuco e Piauí. Atualmente a empresa está construindo dois novos complexos na região, com investimento de R$ 2 bilhões e previsão de operação para 2023. Os novos projetos já nascem preparados para aproveitar o potencial combinado da força dos ventos com a energia do sol, que são complementares nessa região.
Formada pela Votorantim Energia e pelo Canada Pension Plan Investment Board (CPP Investments), a Votorantim Energia é subsidiária da Votorantim S.A e o CPP uma gestora de investimentos profissional. A joint venture foi criada em dezembro de 2017 com foco em investimento e desenvolvimento no setor de geração de energia limpa no Brasil.
Quanto à Votorantim Energia atua na geração, soluções e comercialização de energia. É responsável pela gestão de 19 usinas hidrelétricas, participação em 9 consórcios e 21 parques eólicos, totalizando 2,6 GW de potência instalada. A empresa figura entre as três maiores comercializadoras de energia do País, com volume transacionado de 2,2 GW médios. Somente nos últimos cinco anos, sua carteira passou de 93 para mais de 400 clientes. O negócio de Comercialização e Gestão de Ativos registrou uma receita líquida de R﹩ 3,6 bilhões em 2020.
O Canada Pension Plan Investment Board (CPP InvestmentsTM) é uma organização profissional de gestão de investimentos que investe, em nome de 20 milhões de contribuintes e beneficiários, em fundos do Canada Pension Plan (CPP). Para construir um portfólio diversificado de ativos, CPP Investments investe em ativos públicos e privados, imóveis, infraestrutura e instrumentos de renda fixa.
Com sede em Toronto e escritórios em Hong Kong, Londres, Luxemburgo, Mumbai, Nova York, San Francisco, São Paulo e Sydney, o CPP Investments é governado e gerenciado independentemente do Canada Pension Plan e com autonomia em relação a governos.Em 30 de junho de 2020, CPP Investments tinha 434.4 bilhões de dólares canadenses sob gestão.