Bacalhau entra em fase de desenvolvimento
Da Redação, de Brasília (com apoio da Equinor) —
A Equinor (operadora) e ExxonMobil, Petrogal Brasil e Pré-sal Petróleo SA decidiram desenvolver a fase 1 do campo de Bacalhau, no pré-sal brasileiro, na Bacia de Santos. O investimento é de aproximadamente US$ 8 bilhões. “Este é um dia emocionante. Bacalhau é o primeiro empreendimento desenvolvido por uma operadora internacional na área do pré-sal e criará grande valor para o Brasil, para a Equinor e para os parceiros. A boa cooperação com parceiros, autoridades brasileiras e fornecedores resultou em uma decisão de investimento para o campo de Bacalhau”, disse Arne Sigve Nylund, vice-presidente executivo de Technology, Projects & Drilling da Equinor.
“Bacalhau é um projeto globalmente competitivo com um break even abaixo de US$ 35 em uma região chave de energia no mundo. As reservas recuperáveis estimadas para a primeira fase são de mais de um bilhão de barris de petróleo”, afirmou Nylund. O plano de desenvolvimento foi aprovado pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) em março de 2021.
A descoberta foi feita pela Petrobras em 2012 e a Equinor é operadora desde 2016. O campo está localizado a uma distância de 185 km do litoral do município de Ilhabela, no estado de São Paulo, em profundidade de 2.050 metros. A capacidade de desenvolvimento da Fase 1 de 220 mil barris/dia. Bacalhau compreende 19 poços submarinos ligados ao FPSO. A produção do primeiro óleo está planejada para 2024.
“Bacalhau é um passo importante para a realização de nossa ambição estratégica de fortalecer nossa presença no Brasil. É também um projeto importante para o país, pois representa investimentos significativos, efeitos em cascata na cadeia de suprimentos e geração de empregos locais”, afirma Veronica Coelho, presidente da Equinor no Brasil.
“O desenvolvimento do campo de Bacalhau é um investimento estratégico em nosso portfólio global e tem o potencial de trazer alto retorno para a ExxonMobil, nossos parceiros e o povo brasileiro”, disse Juan Lessman, presidente da ExxonMobil no Brasil. “Este projeto progrediu graças à forte colaboração entre a ExxonMobil, a Equinor, a Petrogal e o governo.”
“O campo de Bacalhau é um projeto offshore de classe mundial, com baixo break even e baixa emissão de carbono. Este projeto irá contribuir de forma significativa para o crescimento competitivo contínuo da Galp em upstream. O investimento é uma prova do compromisso da Galp em continuar a crescer no Brasil, e o seu sucesso terá retornos positivos para todos os stakeholders da Galp no país e fora dele”, afirma Thore Kristiansen, COO de Upstream da Galp.
“O projeto de Bacalhau teve o mérito de superar aspectos técnicos de alta complexidade, sem prejudicar os aspectos econômicos e sociais altamente positivos. Bacalhau simboliza o grande benefício que empresas estrangeiras podem também aportar no desenvolvimento do pré-sal e do Brasil. A PPSA se sente premiada com essa parceria de alta cooperação, que promete trazer excelentes resultados para a União”, afirma Eduardo Gerk, Diretor-Presidente da PPSA.
O primeiro óleo está planejado para 2024. Devido à pandemia de Covid-19 e às incertezas relacionadas, os planos do projeto podem ser ajustados em resposta às restrições de saúde e segurança.
Desenvolvimento do campo
O campo de Bacalhau está situado em duas licenças, BM-S-8 e Norte de Carcará. O recurso é um reservatório carbonático de alta qualidade, contendo óleo leve com contaminantes mínimos.
O desenvolvimento consistirá em 19 poços submarinos ligados a uma unidade flutuante de produção, armazenamento e transferência (FPSO) localizada no campo. Este será um dos maiores FPSOs do Brasil, com capacidade de produção de 220 mil barris por dia e 2 milhões de barris de armazenamento. O óleo estabilizado será escoado para navios aliviadores e o gás da fase 1 será reinjetado no reservatório.
A empresa contratada para o FPSO irá operá-lo durante o primeiro ano. Posteriormente, a Equinor planeja operar as instalações até o final do período de licença.
Esforços significativos foram feitos para reduzir as emissões da fase de produção, incluindo a implementação de um sistema de Turbina de Gás de Ciclo Combinado para aumentar a eficiência energética da usina. Isso proporciona uma produção de energia elétrica eficiente e um fornecimento de calor variável.
Espera-se que a intensidade média de CO2 ao longo da vida seja inferior a 9 kg por barril produzido, significativamente inferior à média global de 17 kg por barril. O trabalho continuará durante a vida útil do campo para reduzir as emissões e aumentar a eficiência energética.
Parceiros em Bacalhau: Equinor 40% (operadora), ExxonMobil 40%, Petrogal Brasil 20% e Pré-sal Petróleo SA (empresa governamental, gestora dos contratos de partilha de produção).
Principais contratos concedidos
Contratos de Front-End Engineering and Design (FEED) e Engenharia, compras, construção e instalação (EPC):
Subsea Integration Alliance, SIA formada por Subsea7 e OneSubsea para SURF (Sistema de Coleta de Produção).
MODEC Inc para contratos de FPSO (Unidade flutuante de produção, armazenamento e transferência).
Contratos de unidade móvel de perfuração:
Seadrill Management S PTE Ltd, navio sonda West Saturn
Contratos de perfuração e serviço de poço:
Baker Hughes do Brasil Ltda
Halliburton Produtos Ltda
Schlumberger Serviços de Petróleo Ltda
Base de abastecimento terrestre:
Triunfo Logistica Ltda