Crise não espanta expansão do mercado livre
Da Redação, de Brasília (com apoio da CCEE) —
O mercado livre de energia fechou o mês de junho com 9.350 consumidores, volume que representa um crescimento de 19,7% quando comparado com o fim do mesmo período de 2020. Os dados são do monitoramento periódico feito pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE e mostram que o interesse na modalidade continua se expandindo.
O Ambiente de Contratação Livre – ACL permite a negociação direta entre geradores ou comercializadores e compradores de médio e grande porte, como indústrias e shoppings. Os consumidores são divididos entre livres, que são aqueles que podem escolher seu fornecedor, e os especiais, com demanda entre 500 kW e 1,5 MW e direito à aquisição de energia gerada por Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) ou fontes incentivadas, como eólica, solar e biomassa.
Na comparação com junho de 2020, a categoria livre saltou de 978 para 1.099 consumidores neste ano, alta de 12,3%. Enquanto isso, aqueles habilitados como especiais passaram de 6.834 para 8.251, avanço de 20,7%. Esses agentes representavam, em junho, 24.312 unidades consumidoras, 31,2% a mais do que no mesmo período do ano passado.
Além dos consumidores, também são agentes da CCEE 1.745 geradores de energia, entre os autoprodutores, os independentes e aqueles a título de serviço público. Integram ainda a Câmara de Comercialização 50 distribuidoras e 428 comercializadores. Ao todo, segundo o dado mais recente, a organização somava 11.573 associados ao final de junho. No mês, existiam 1.035 processos de adesão em andamento que devem ampliar esses números.
Destaque ainda para os 34 comercializadores da categoria varejista habilitados. Diferentemente das empresas de comercialização tradicionais, estas podem representar totalmente seus consumidores junto à CCEE, de forma que os seus clientes não precisam ser agentes da Câmara. Outras 20 empresas estão em processo de habilitação para poderem atuar nesse segmento.