Neoenergia começa a montar parque eólico
Da Redação, de Brasília (com apoio a Neoenergia) —
Transportadas da China até o Brasil, acabam de ser entregues as primeiras pás que irão compor os aerogeradores do Parque Eólico Oitis Neoenergia, localizado no Piauí e na Bahia e o maior da companhia. Outros componentes de grande porte das turbinas e transformadores também já começaram a chegar ao empreendimento, antecipando o cronograma previsto no plano de negócios. A expectativa da Neoenergia é de iniciar a montagem dos equipamentos ainda este ano e, em 2022, dar início à operação comercial.
Com 77,4 metros de comprimento, o equivalente a um prédio de 25 andares, as primeiras pás recebidas nos canteiros de obras cruzaram continentes entre a cidade de Qinhuangdao, na China, e o porto de Suape, em Pernambuco. De lá, serão levadas em carretas com 54 metros de comprimento em percurso de 900 quilômetros, até Oitis. Esse processo leva, em média, 60 dias e será repetido 19 vezes para os componentes importados. Os aerogeradores são do modelo GE 158, de capacidade unitária de 5,5 MW, um dos mais modernos e eficientes do mercado global.
“Esta etapa das obras exige um longo planejamento, que foi iniciado há seis meses para que aconteça com segurança para os nossos colaboradores e fornecedores. Precisamos planejar toda a logística desde a fábrica até os parques, incluindo a abertura de 35 quilômetros de estrada para o acesso ao empreendimento, que permanecem como um benefício para a população local”, explica William Carneiro, gerente de Construção de Renováveis da Neoenergia.
As naceles – compartimentos que abrigam o gerador de energia – igualmente começaram a ser entregues para a montagem das turbinas. Esses componentes têm 14 metros de comprimento e pesam 75,4 toneladas. Foram fabricados em Camaçari, na Bahia, e transportados em carretas de 26 metros por 738 quilômetros de estradas até Oitis.
As naceles são instaladas nas torres, a 125,4 metros de altura, comparável à altura de um prédio de 40 andares. Essa estrutura é erguida sobre fundações de concreto, sendo que 90% já foram concluídas. A montagem de cada aerogerador, com todas essas estruturas, leva uma média de cinco dias e envolve o trabalho de cerca de 35 profissionais. Ao todo, as turbinas com as pás terão 205 metros, altura média de um prédio de 64 andares.
Além dos aerogeradores, a operação do parque eólico exige equipamentos de grande porte como os transformadores, responsáveis por elevar a tensão da energia até níveis adequados à transmissão aos centros consumidores. A Neoenergia adquiriu três equipamentos para a subestação Oitis, que será conectada por uma linha de transmissão de 70 quilômetros à subestação Queimada Nova II (PI) – ligada ao Sistema Interligado Nacional (SIN). O primeiro foi entregue em novembro.
Energia limpa e benefícios socioambientais
O novo empreendimento da Neoenergia terá 566,5 MW de capacidade instalada em 12 parques, o suficiente para abastecer uma cidade com 2,7 milhões de habitantes. Com a conclusão de Oitis e Chafariz – complexo eólico que está em instalação na Paraíba –, a companhia atingirá 1,6 GW de capacidade instalada em eólica, alinhada aos seus compromissos com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e à estratégia ESG (sigla em inglês para ambiental, social e governança).
“Estamos mantendo o ritmo acelerado de construção em Oitis e Chafariz, antecipando as previsões do cronograma. Em Chafariz, iniciamos no terceiro trimestre a operação de 53 aerogeradores, que somam 184 MW da capacidade instalada total de 471,2 MW, o que tem contribuído com o fornecimento de energia limpa para o sistema elétrico brasileiro em um período tão importante”, afirma Carneiro.
Nos dois empreendimentos, a Neoenergia investe em iniciativas que geram benefícios para as regiões, como a realização de cursos de capacitação e a geração de emprego em renda. Para as obras de Chafariz foram criados cerca de 1,4 mil postos de trabalho e, em Oitis, devem ser 1,5 mil, sendo cerca de 40% de mão de obra local em ambos.