Unipar e AES se unem em projeto eólico no RN
Da Redação, de Brasília (com apoio da Unipar/AES Brasil) —
A Unipar, fabricante de cloro, soda e PVC, e a geradora AES Brasil anunciaram a constituição de segunda “joint venture” entre as duas empresas, visando a construção e operação de novo parque eólico no Rio Grande do Norte. As partes estimam que o início do período de construção ocorrerá no primeiro semestre de 2022 e o parque terá um investimento de aproximadamente R$ 510 milhões.
O projeto será desenvolvido no Complexo Eólico Cajuína, nas cidades de Lajes, Pedro Avelino, Angicos e Fernando Pedroza, no Estado do Rio Grande do Norte, com capacidade eólica instalada de 91 MW, dos quais 40 MW médios serão comercializados à Unipar por meio de um contrato de compra de energia com prazo de 20 anos com início de vigência em 2024 e sob regime de autoprodução.
Maurício Russomanno, CEO da Unipar, comentou que “ultrapassaremos a barreira dos 80% do consumo de energia a partir de fonte renovável limpa! Este é um passo definitivo em sustentabilidade e competitividade para a Unipar. Com estes três projetos melhoraremos substancialmente nossa pegada de carbono, produziremos hidrogênio verde e garantiremos acesso a energia elétrica com maior eficiência nos custos. Além disso, ampliamos nossa contribuição social, com a geração de empregos e renda nas regiões do entorno do parque eólico no Nordeste, em linha com a nosso interesse de promover inclusão e desenvolvimento nas comunidades.”
Os objetivos dos projetos da Unipar são: assegurar o acesso à energia no longo prazo, ser mais competitiva no custo de energia e reduzir a pegada de carbono, uma vez que o insumo corresponde a mais de 50% dos custos de produção de cloro/soda. A prioridade estratégica da Unipar é ampliar a autoprodução de energia, a partir de fontes renováveis, em sintonia com a diretriz de sustentabilidade da empresa.
Além do “Complexo Eólico Cajuína”, a Unipar havia anunciado com a AES, em novembro de 2019, o projeto de construção de um complexo de geração de energia eólica na Bahia com capacidade instalada de 155 MW médios. O projeto Tucano, deve estar operacional no segundo semestre de 2022. Em julho de 2021, a Unipar também firmou uma “joint venture” com a Atlas Renewable Energy, para construção e operação de um parque de energia solar. Com o início das obras previsto para o final deste ano, o empreendimento na região norte de Minas Gerais terá capacidade instalada de 239 MW solares quando entrar em funcionamento, estimado para o segundo semestre de 2022.
Segundo a empresa, a escolha pela AES Brasil para um segundo projeto de geração reflete a confiança na parceria e reconhece sua expertise no desenvolvimento de projetos energéticos a partir de fontes renováveis. “A AES Brasil cumpre qualificações operacional, técnica, de reputação e solidez financeira e, por isso, assinamos um novo acordo que inclui contrato inicial de 20 anos”, complementa a Unipar.
“Este novo acordo reforça nossa estratégia e reafirma a confiança que a Unipar tem na AES Brasil. Para nós, é uma satisfação sermos novamente escolhidos para contribuir com uma maior competitividade e sustentabilidade ao negócio da Unipar, afirma Rogerio Jorge, vice-presidente de Relacionamento com o Cliente da AES Brasil.
A Unipar é uma empresa do setor químico, que produz insumos fundamentais para vários segmentos econômicos, como da indústria têxtil, de papel e celulose, alumínio, brinquedos, alimentos, de bebidas, farmacêutico e construção civil, por exemplo. O cloro fabricado pela Unipar é usado no tratamento da água consumida por milhões de pessoas. Suas plantas industriais estão localizadas em Cubatão e Santo André, em São Paulo, e Bahía Blanca, na Argentina, onde trabalham cerca de 1.400 colaboradores.
Quanto à AES Brasil, é uma geradora que conta com um portfólio de ativos 100% renováveis, com capacidade instalada total de 4,4 GW, sendo 2,7 GW hídrico, 1,5 GW eólico e 0,3 GW solar. Além disso, a companhia possui em desenvolvimento parte de seu pipeline eólico e solar, ainda em negociação, que poderá adicionar até 1,4 GW de capacidade instalada. Após a finalização dos projetos em desenvolvimento e do pipeline, o portfólio da companhia contará com 5,9 GW de capacidade instalada.