ONS indica cenário positivo para hidrelétricas
Da Redação, de Brasília (com apoio do ONS) —
O boletim do Programa Mensal de Operação (PMO), com as previsões do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) para a semana de 25 a 31 de dezembro, aponta que o volume de água nos reservatórios estará maior em todos os quatro subsistemas. Segundo os dados, na região Nordeste os reservatórios chegarão ao último dia do ano com 50% da sua capacidade, com precipitação acima da média na bacia do rio São Francisco.
No Norte, as chuvas previstas para a bacia do Rio Madeira devem colaborar para que este subsistema alcance 47,8%. No Sul, as projeções indicam que o nível chegará a 41,1%, e, no Sudeste/Centro-Oeste, a 24,9%.
As chuvas trazem uma energia natural afluente de 94% da MLT para os reservatórios do Sudeste/Centro-Oeste na próxima semana operativa. No Norte, as afluências serão de 272% da MLT. No Nordeste, devem chegar a 119% da MLT. E, no Sul, a MLT alcança 21%. A formação um sistema de baixa pressão, ao largo da costa da região Sul, favorece a formação de um novo corredor de umidade.
O documento traz, ainda, a carga de energia esperada para o mês de dezembro, que deve ter um recuo de 0,6% perante à carga de dezembro de 2020. O percentual é reflexo dos feriados relativos às festas de final de ano, mudança na trajetória de recuperação da indústria em decorrência das interrupções prolongadas na cadeia de suprimentos, pressões intensas sobre os preços, incerteza do mercado e aumento das taxas de juros.
O volume estimado da carga de energia é de 70.631 MW médios. O Sudeste/Centro-Oeste apresentará redução de 1,7%, com 40.088 MW médios. A região Nordeste vai registrar desaceleração de 2,7%, com 11.699 MW médios. A carga do Sul segue em 3,6%, com 12.835 MW médios. Em relação ao Norte, a previsão é de 2,3%, com 6.009 MW médios.
Na próxima semana, o Custo Marginal de Operação (CMO) arrefece nos subsistemas Nordeste e Norte, com queda de 32,25 %, saindo de R$ 63,66% para R$ 43,13%. Já, nas regiões Sul e Sudeste/Centro-Oeste, registra declínio de 0,19%, para R$ 63,54%.