Após aumento, GN fica entre US$ 12 e US$ 17
Apesar do aumento de 19% anunciado pela Petrobras para o gás natural na sexta-feira, 29, o preço praticado pela companhia no mercado interno é quase a metade do preço internacional, informou a estatal neste sábado. Os novos preços seguirão vigentes até 31 de julho conforme estabelecido nos contratos firmados com os distribuidores.
De acordo com a Petrobras, após o aumento os preços aos seus clientes ficaram, sem levar em conta o transporte, entre US$ 12,30 e US$ 17,70 o milhão de BTU (MMBtu), enquanto o preço no mercado global (mais especificamente, do Gás Natural Liquefeito (GNL) para entrega no Brasil) encontra-se em cerca de US$ 30,00/MMBtu (sem considerar o transporte e custos de regaseificação).
“A atualização dos preços do gás natural da Petrobras seguiu os parâmetros de reajustes utilizados pelas demais empresas que atuam nesse segmento, com perfil semelhante ao da Petrobras, que variaram de 18% a 28% nos contratos vinculados ao petróleo Brent”, disse a estatal.
A companhia ressaltou que a atualização trimestral dos contratos com as distribuidoras obedece a variação do preço do gás, as oscilações do petróleo tipo Brent, e taxas de câmbio no período. O preço final para o consumidor, explica, são ainda acrescidos pelas margens das distribuidoras (e, no caso do GNV, dos postos de revenda) e pelos tributos federais e estaduais.
“Em média, para clientes residenciais, a parcela Petrobras no preço ao consumidor corresponde a cerca de 28% da tarifa final”, informou a companhia, utilizando dados do Boletim Mensal de Acompanhamento da Indústria do Gás, publicado pelo Ministério de Minas e Energia (MME).
A Petrobras destacou também, que o mercado de gás natural brasileiro atualmente é aberto a outras empresas que queiram ofertar esse produto no País. “Nos últimos anos, a Petrobras apoiou ativamente esse processo, por entender que, com mais oferta, o mercado se fortalece, refletindo em ganhos para o consumidor.”, afirmou.
Aumento anunciado na sexta
A Petrobras informou que a partir de 1º de maio os preços de venda de gás natural para as distribuidoras terão aumento médio de 19% em reais por metro cúbico (R$/m³), com relação ao trimestre entre fevereiro e abril. O ajuste decorre da atualização com base nas fórmulas acordadas, que vinculam a variação do preço do gás às variações do petróleo Brent e da taxa de câmbio.
Os preços atualizados ficarão vigentes até 31 de julho, conforme condição previamente negociada e estabelecida nos contratos firmados.
“A atualização trimestral para o gás e anual para o transporte atenua volatilidades momentâneas e assegura previsibilidade e transparência. Os contratos são públicos e divulgados no site da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis)”, informou a Petrobras.
A estatal esclarece ainda, que o preço final do gás natural ao consumidor não é determinado apenas pelo preço de venda da companhia, mas também pelas margens das distribuidoras (e, no caso do GNV, dos postos de revenda) e pelos tributos federais e estaduais.
“Além disso, o processo de aprovação das tarifas é realizado pelas agências reguladoras estaduais, conforme legislação e regulação específicas”, explicou.