Boa aceitação para nomes do MME e Petrobras
Maurício Corrêa, de Brasília —
As indicações do senador Alexandre Silveira (PSD-MG), para ocupar o cargo de ministro de Minas e Energia, e do também senador Jean Paul Prates (PT-RN) para a presidência da Petrobras, foram bem recebidas tanto pela área empresarial quanto pelos sindicalistas.
O presidente da Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel), Rodrigo Ferreira, entende que o novo ministro de Minas e Energia “é um político experiente, com grande vivência na Câmara dos Deputados, no Senado Federal e também no Executivo, que já ocupou diversos postos relevantes em Minas Gerais e no governo federal. É importante também perceber que o Ministério de Minas e Energia, após a capitalização da Eletrobras, tem sua área de Influência mais concentrada nas regiões Sul e Sudeste, portanto, um ministro do Sudeste, mineiro, faz muito sentido”, disse o presidente-executivo da associação, Rodrigo Ferreira.
O executivo afirmou que, entre os principais desafios que vai encontrar pela frente, Alexandre Silveira terá a modernização do modelo comercial e regulatório do setor elétrico e a necessidade de imprimir uma visão mais racional para o setor elétrico nacional, com menos subsídios cruzados e mais eficiência.
“Esperamos que o senador Silveira dê continuidade ao processo de modernização do setor elétrico e que tenha foco nos interesses do consumidor, na racionalidade e na correta alocação de custos e benefícios do setor”, assinalou.
Rodrigo Ferreira ressaltou que considera importante que o novo ministro de Minas e Energia forme uma equipe estritamente técnica, com profissionais experientes do setor e com grande capacidade de diálogo. Como ressaltou, a Abraceel está pronta para contribuir e apoiar todas as medidas visando à modernização setorial que sejam patrocinadas pelo MME.
O Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP), como principal representante da indústria de petróleo e gás no Brasil, divulgou um comunicado cumprimentando o senador Jean Paul Prates pela indicação para o cargo de presidente da Petrobras.
“O indicado possui largo currículo acadêmico e experiência consolidada no setor, aliada à grande capacidade de diálogo amplamente demonstrada no exercício de seu recente mandato como senador da República representando o Estado do Rio Grande do Norte”, argumentou.
As empresas associadas ao IBP se colocaram à disposição para apoiar as futuras ações da maior empresa brasileira “direcionadas ao progresso do setor que há décadas gera riquezas e milhões de postos de trabalho, funcionando também como importante vetor de progresso tecnológico e de impulso para as economias regionais”.
Sobre as indicações dos senadores Jean Paul Prates, para a Petrobras, e Alexandre Silveira, para o Ministério de Minas e Energia, a Federação Única dos Petroleiros (FUP) assim se manifestou:
“As escolhas do presidente Lula acendem uma chama de esperança, sustentada pelo compromisso do novo governo com o povo brasileiro e a soberania nacional. Jean Paul Prates vem participando das lutas em defesa da Petrobras, além de ter uma visão crítica sobre o Preço de Paridade de Importação (PPI), implementado no governo de Michel Temer, em outubro de 2016”, comemora Deyvid Bacelar, coordenador-geral da FUP, que fez parte do GT de transição de Minas e Energia do novo governo.
Bacelar destaca ainda como ponto positivo o fato de Prates e Silveira serem colegas no Parlamento, “atuando em pautas importantes para a população brasileira. Prates, que é também presidente da Frente Parlamentar Mista em Defesa da Petrobras (que reúne mais de 200 deputados e 40 senadores), teve papel de destaque, como relator, em projeto de lei que busca a criação de mecanismos para minimizar os reajustes de preços dos combustíveis. A proposta – que teve contribuições da FUP, antes de ser aprovada no Senado, com emendas, no início deste ano -, tramita na Câmara. Já Silveira é relator da proposta de emenda constitucional (PEC da Transição), que garante recursos ao Bolsa Família”.