Eleição na Abraceel já tem 10 candidatos ao CA
Maurício Corrêa, de Brasília —
O processo eleitoral para o Conselho de Administração da associação dos comercializadores de energia, a Abraceel, engrenou de vez. É uma eleição direta entre as empresas associadas, o que não é muito comum na área de energia elétrica, onde ainda impera o velho esquema de associações que têm “donos”.
Já são 10 candidatos para as oito vagas no CA e os interessados até agora são: Guilherme Avila (Tradener); Eduardo Diniz (Auren); Sérgio Azevedo (Hydro); Katia Monnerat (Voltalia); Daniela Alcaro (Stima); Alessandro Cunha (BC Energia); Ricardo Motoyama (CPFL); Luiz Macedo (Raízen); Alessandra Teixeira (Engie); e Rodrigo Limp (Eletrobras).
As inscrições revelam que o poder das concessionárias de distribuição dentro da Abraceel, que já foi enorme, hoje é apenas residual. As comercializadoras ligadas às distribuidoras mandaram na associação durante muitos anos, mas, dos 10 candidatos registrados até agora, apenas um está vinculado a grupo que conta com empresa de distribuição.
Outro detalhe que marca esta eleição é o interesse das mulheres. O CA da associação conta hoje apenas com Camila Schoti, da Eneva. Mas três mulheres já se registraram para a próxima eleição: Kátia Monnerat, Daniela Alcaro e Alessandra Teixeira, o que também mostra que o poder masculino dentro da associação está finalmente se diluindo e as mulheres das comercializadoras estão disputando os votos.
Na semana que começa em 27 de fevereiro, aí, sim, o processo eleitoral assumirá nova dinâmica. Observa-se também que, ate agora, apenas três dos oito atuais conselheiros manifestaram interesse em eventual reeleição.
Ainda não se definiram se são ou não candidatos: Ricardo Lisboa (Delta), David Barmak (Tempo), Camila Schoti Eneva) e Paulo Toledo (Ecom).
Outro que ainda está pensando se vai se lançar ou não como candidato é Marcos Aurélio Pimentel, da Cemig. Ele — que já foi conselheiro em outras oportunidade e estava na suplência — recém-assumiu o mandato que termina no dia 09 de março, face à renúncia de Eduardo Takamori, da Engie.
