ONS incorpora MMGD nas análises de carga
Da Redação, de Brasília (com apoio do ONS) —
O boletim do Programa Mensal de Operação (PMO), a partir da semana operativa entre os dias 29 de abril e 05 de maio, passa a incorporar, nas análises de carga, os montantes de geração da Micro e Minigeração Distribuída (MMGD).
A MMGD faz parte do conceito de geração distribuída e, portanto, não é supervisionada pelo ONS, ficando conectada a uma rede de distribuição local. Um dos exemplos mais conhecidos de MMGD são os painéis de geração de energia solar fotovoltaica, presentes em casas e edifícios.
Para o Operador, diante da expansão desse tipo de carga em todo o país, é essencial passar a considerar este fator, pois traz maior assertividade na coordenação das atividades para o pleno atendimento das demandas do SIN, em especial nos momentos em que geração pela MMGD é reduzida, como nos dias nublados e no período noturno. Para o mês de maio, o bloco de MMGD considerado será de 2.917 MWmed.
Os cenários prospectivos para maio apontam crescimento de 4,4% (72.626 Mwmed) na demanda de carga no Sistema Interligado Nacional (SIN). O comportamento de expansão também é estimado para todos os subsistemas. A região Norte, com 13,6% (7.001 MWmed), e o Nordeste, com 4,6% (12.012 Mwmed), têm a perspectiva de percentuais de avanços mais expressivos.
Para o Sudeste/Centro-Oeste, a aceleração pode chegar a 3,4% (41.330 Mwmed) e no subsistema Sul a 2,5% (12.283 MWmed). Os dados apresentados são projeções para 31 de maio, comparados ante maio de 2022.
As indicações para a Energia Armazenada (EAR) ao final de maio são de que os subsistemas Sudeste/Centro-Oeste e Nordeste podem atingir volumes acima de 80%: 88,2% e 88,7%, respectivamente. Se o resultado para o Sudeste/Centro-Oeste se confirmar, será o maior volume para maio desde o início da série histórica iniciada em 2000. As perspectivas de EAR para o Sul são de 64,6% e para o Norte são de 71,9%.
As previsões de afluência para 31 de maio apontam para a Energia Natural Afluente (ENA) em patamar acima de 100% da Média de Longo Termo (MLT) no Sudeste/Centro-Oeste (104% da MLT) e no Norte (120% da MLT). A perspectiva de ENA para a região Nordeste é 52% da MLT. Por fim, o subsistema Sul tem estimativa de chegar ao final do mês de maio com ENA em 83% da MLT.