Huawei pretende investir em energia no Brasil
Da Redação, de Brasília (com apoio do MME) —
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, recebeu nesta terça-feira, 13 de junho, o conselheiro da Huawei Xu Hongbo e diretores da empresa no Brasil. Durante a reunião, os representantes da empresa chinesa de atuação global fizeram uma apresentação sobre a companhia e o interesse realizar investimentos no Brasil, especialmente nas áreas de energia, mineração, petróleo, gás e transição energética.
“Gostaria de fazer um reconhecimento pela expertise da Huawei, uma empresa com protagonismo no setor de tecnologia. Temos grandes expectativas que sejam parceiros do Ministério de Minas e Energia e coloco toda nossa equipe à disposição para uma integração que gere frutos e parcerias para o desenvolvimento dos dois países”, afirmou Alexandre Silveira.
O ministro também destacou a importante parceria do Brasil com os chineses e em áreas estratégicas como nas áreas de redes elétricas inteligentes e em sistemas isolados da Amazônia. “A China desempenha um papel fundamental para o Brasil, sendo um importante parceiro comercial e investidor, contribuindo para o crescimento econômico e fortalecimento das relações bilaterais. Além disso, tem um papel crucial no mercado de transição energética, sendo fundamental para impulsionar a preservação do meio ambiente, avanços em energia renovável e a exploração sustentável de recursos como gás e petróleo”, finalizou.
Alexandre Silveira disse ainda que pretende realizar uma visita às instalações da Huawei em São Paulo e na China, fortalecendo os laços entre os dois países e impulsionando o desenvolvimento conjunto nessas áreas estratégicas, assim como fez o presidente Lula em visita à empresa no mês de abril.
Hidrogênio
O Ministério de Minas e Energia (MME) realizou nesta segunda-feira, 12 de junho, a 3ª Reunião Ordinária do Comitê Gestor do Programa Nacional do Hidrogênio (Coges-PNH2). O colegiado, coordenado pelo MME, é composto por 11 ministérios, agências reguladoras de energia elétrica (Aneel) e de petróleo, gás e biocombustíveis (ANP), e a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), além de cinco câmaras temáticas para discussão técnica de temas específicos.
Na ocasião, o secretário Nacional de Transição Energética e Planejamento do MME e coordenador do Coges-PNH2, Thiago Barral, apresentou aos novos membros do Comitê um histórico do desenvolvimento do Programa. Ele também ressaltou a nova governança aprovada pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) em março de 2023. “É importante garantir o alinhamento do programa às prioridades do governo federal, como por exemplo uma ênfase maior nas oportunidades de desenvolvimento industrial”, ressaltou Barral
Foram discutidas, também, as contribuições da Consulta Pública do Plano de Trabalho Trienal 2023-2025 do PNH2. Ao todo, foram recebidas 656 contribuições para as ações propostas no Plano, de 56 instituições, maioria (73%) do setor privado. As principais considerações foram ligadas à forma geral do Plano e aos temas relacionados a abertura e crescimento do mercado e competitividade.
Dentro da pauta da reunião, foram ressaltadas as diversas dessas ações propostas no Plano, colocado em consulta pública, que já estão em andamento. Exemplos disso são a elaboração de minuta de Projeto de Lei com marco legal para hidrogênio no Brasil, a elaboração de estudos sobre mapeamento da cadeia produtiva e sobre demanda e o financiamento internacional para o setor. Foi tratada, ainda, a abertura de Consulta Pública da Aneel para projetos de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação de hidrogênio de baixo carbono.
O Comitê Gestor decidiu pela realização, em julho, de uma reunião ampliada com o setor privado para apresentar as ações em andamento no âmbito do Programa.