ONS: em julho, carga do SIN cresce 2,9%
Da Redação, de Brasília (com apoio do ONS) —
O boletim do Programa Mensal de Operação (PMO), da semana operativa entre os dias 1° e 07 de julho, apresenta cenários prospectivos de aceleração para a carga em 31 de julho, tanto no Sistema Interligado Nacional (SIN), como nos quatro subsistemas. No SIN, a projeção de expansão está em 2,9% (71.232 MWmed), patamar superior ao divulgado na última revisão quadrimestral, que era de 2,1%.
Os dados de crescimento por submercado são os seguintes: Norte, 12,8% (7.280 MWmed), Nordeste, 4,9% (11.712 MWmed), Sul, 1,3% (12.223 MWmed) e o Sudeste/Centro-Oeste, com 1,2% (40.017 MWmed). Os percentuais e números apresentados comparam as estimativas para o final de julho de 2023, ante o mesmo período do ano passado.
As perspectivas de Energia Armazenada (EAR) para o último dia de julho estão acima de 80% em três subsistemas: Norte (96%), Sudeste/Centro-Oeste (83,5%) e Sul (82,8%). Para o Nordeste, a indicação é de 79%. As projeções para o Norte e o Sudeste/Centro-Oeste, se confirmadas, representarão recorde de EAR de ambos para o mês analisado em toda a série histórica iniciada em 1999.
O Custo Marginal de Operação (CMO) se mantém zerado em todos o Brasil pela vigésima oitava semana consecutiva, padrão iniciado no final de dezembro de 2022. Dessa forma, o CMO esteve com valor zero durante todo o primeiro semestre de 2023.
Com relação à Energia Natural Afluente (ENA), os padrões observados para julho são compatíveis com o esperado para o período tipicamente seco. O Sudeste/Centro-Oeste, região que concentra 70% dos reservatórios do SIN, tem perspectiva de registrar ENA de 86% da Média de Longo Termo (MLT) no último dia de julho, indicador mais elevado entre todas as regiões. Na sequência, estão o Norte, com 80% da MLT; Sul, com 64% da MLT, e o Nordeste, com 55% da MLT.
O Operador segue monitorando os eventuais efeitos do fenômeno do El Niño, como a possibilidade, nos próximos meses, de chuvas em volume mais elevado na região Sul, temperaturas acima da média no Centro-Sul e redução da precipitação no Norte e Nordeste.