MME com agenda internacional nesta sexta
Da Redação, de Brasília (com apoio do MME) —
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, recebeu nesta sexta-feira, 14 de julho, os representantes da empresa chinesa State Grid, uma das maiores do mundo na área de energia. O tema do encontro foi a possibilidade de investimentos no Brasil para a transição energética.
“Mais uma vez destaco a importância da parceria do Brasil com a China. E, receber um dos maiores expoentes do mercado chinês, é muito importante para mostrar as potencialidades do Brasil, buscar novos investimentos em energia e no setor mineral para a energia, sempre trabalhando ativamente na transição energética”, destacou o ministro Alexandre Silveira.
A State Grid Corporation of China possui no Brasil a State Grid Brazil Holding, e é uma das maiores empresas do mundo com investimentos em energia. Desde 2010, a State Grid Brazil Holding já investiu mais de R$ 28 bilhões no país em energia mais limpa, segura, econômica e sustentável.
“O presidente Lula sempre destaca a confiança que tem nas empresas chinesas e que elas estarão participando ativamente nos processos de investimento no Brasil. Nós vamos propiciar um ambiente favorável para isso e estamos abertos para o diálogo para fazer essa parceria. A equipe do Ministério de Minas e Energia está sempre à disposição”, concluiu o ministro.
Vice-ministro do Japão
Também nesta sexta-feira, Silveira, recebeu o vice-Ministro Parlamentar da Economia, Comércio e Indústria do Japão, Satomi Ryuji, e sua comitiva. Eles trataram sobre transição energética, combustíveis, mineração e da reunião do Comitê Conjunto Brasil-Japão sobre Promoção do Comércio, Investimentos e Cooperação Industrial.
“Nós vivemos um momento no Brasil muito promissor do ponto de vista das relações internacionais, principalmente pelo perfil do presidente Lula, promovendo de forma sinérgica o desenvolvimento econômico com fins sociais. Temos a consciência de que é importante a criarmos um ambiente com segurança jurídica e regulatória e estabilidade política e social para os investidores internacionais. Nós temos grandes empresas japonesas que são investidoras no Brasil em diversas áreas. Vamos fortalecer cada vez mais estes laços, buscando vantagens para os dois países”, afirmou.
O Japão é a terceira maior economia do mundo e o 12º maior investidor direto no Brasil. É também o 4º principal parceiro do Brasil dentre os países asiáticos e o 9º no mundo. Em 2022, o fluxo comercial Brasil-Japão somou US$ 11,9 bilhões, com superávit brasileiro de cerca de US$ 1,3 bilhão.
O ministro também defendeu a ampliação da cooperação entre as áreas técnicas dos dois países para o desenvolvimento de projetos e troca de experiências, como na produção e armazenamento do hidrogênio verde, nos minerais críticos para a transição energética e na exploração das potencialidades do bioetanol brasileiro.
Em maio deste ano, o presidente Lula esteve no Japão onde participou da Cúpula do G7 e se reuniu com o primeiro-ministro japonês. Durante o encontro, o presidente destacou que o Brasil e Japão precisam estabelecer uma relação mais produtiva não apenas do ponto de vista comercial, mas também do ponto de vista cultural, político e da ciência e tecnologia.
Integração com a Bolívia
Ainda na agenda internacional, o Ministério de Minas e Energia (MME) participou nesta sexta-feira da reunião com o governo da Bolívia sobre o avanço na integração elétrica com o Brasil. A reunião é um desdobramento de um encontro ocorrido em março deste ano, visando acelerar os esforços de colaboração, de cooperação entre Brasil e Bolívia no tema da energia e da mineração.
Foram apresentados os avanços e os estudos realizados e, sobretudo, as propostas concretas para que os países possam aprofundar a integração elétrica entre Brasil e Bolívia. “Essa é uma agenda prioritária para o ministro Alexandre Silveira, e para o presidente Lula, para trabalhar em prol de agendas da integração energética regional”, comentou o secretário de Transição Energética e Planejamento do MME, Thiago Barral, que participou da reunião, representando o ministro de Minas e Energia.
O secretário do MME lembrou que o Brasil já tem uma integração elétrica com a Argentina, com o Uruguai e com a Venezuela, e incorporar esse conjunto de integrações também com a Bolívia é positivo para toda a região. “A Bolívia sai ganhando porque permite, nesse primeiro momento, reduzir as emissões de gases de efeito estufa em determinadas localidades, ainda muito dependentes da geração a diesel, algo que também é um compromisso do ministro Alexandre aqui no Brasil com a descarbonização da Amazônia”, explica o secretário.
Os trabalhos envolvem também Energisa, Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) e Empresa de Pesquisa Energética (EPE) com apoio do Ministério de Relações Exteriores do Brasil (MRE).