Silveira quer reestatizar a refinaria Acelen
Maurício Corrêa, de Brasília (com apoio do MME) —
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, que já defende maior participação da União nas decisões tomadas pela Eletrobras privatizada, propôs agora a reestatização da Refinaria Acelen, localizada em Mataripe, na Bahia. Trata-se da antiga Refinaria Landulpho Alves, a Rlam, que é controlada pelo Fundo Mubadala Capital, de Abu Dhabi, desde o final de 2021.
Segundo uma nota divulgada pela área de Comunicação do MME, divulgada ao público no início da noite deste domingo, 03 de setembro, a recompra da Acelen pela Petrobras é necessária porque, desde a privatização, os moradores da Bahia e Sergipe “não estão sendo beneficiados pelo Preço de Competitividade Interna (PCI) previsto na nova estratégia comercial da Petrobras e continuam arcando com o preço de paridade de importação (PPI)”. Ou seja, estariam pagando mais cargo pelos combustíveis, segundo o Governo.
“O povo baiano e sergipano tem pago preços de combustíveis mais caros do que em regiões de influência das refinarias cujo controle é da Petrobras. Entendemos do ponto de vista da segurança energética e da nova geopolítica do setor de petróleo e gás, respeitadas as regras de governança da Companhia, que a Petrobras deve avaliar recomprar a Rlam. É um ativo histórico e que fez parte da estratégia de desmonte do Sistema Petrobras e nunca deveria ter sido vendido”, finalizou Alexandre Silveira.
A Mubadala Capital é uma subsidiária de gestão de ativos da Mubadala Investment Company, um investidor soberano líder global com sede em Abu Dhabi. Segundo dados disponíveis na internet, a Mubadala Capital administra US$ 9 bilhões de capital de terceiros em nome de investidores institucionais em todos os seus negócios, incluindo um fundo no Brasil, três fundos de private equity, dois fundos de venture capital em estágio inicial e um fundo público.