ONS eleva intercâmbio a partir do Nordeste
Da Redação, de Brasília (com apoio do ONS) —
O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) ampliou os limites de exportação de energia do Nordeste para o Sudeste/Centro-Oeste e o Norte dos atuais 8 mil MW para 10.800 MW. Os novos parâmetros passaram a valer na noite da última quarta-feira, 27 de setembro. Os novos limites ainda são inferiores aos praticados nos períodos anteriores a 15 de agosto, quando ocorreu o apagão.
Após a ocorrência de 15 de agosto, os limites de exportação deste subsistema estavam reduzidos, dentro de uma política operativa conservadora que visou assegurar o equilíbrio do Sistema Interligado Nacional (SIN) até que as causas para a perturbação fossem identificadas. A adoção desses parâmetros mais restritos era uma prerrogativa do Operador, prevista em Procedimentos de Rede.
Num primeiro momento, o fluxo de energia Nordeste-Sudeste/Centro-Oeste (FNESE) estava restrito a montantes iguais ou menores que 5 mil MW e agora podem ser iguais ou menores que 6 mil MW. No Fluxo Nordeste-Norte (FNEN), o patamar máximo era 3 mil MW e agora está em 4.800 MW.
O próprio Operador reconheceu, em nota, que os novos limites ainda são inferiores aos praticados nos períodos anteriores a 15 de agosto. A recomposição total desses limites está atrelada à conclusão das recomendações apontadas pelo ONS para aprimorar o desempenho das usinas, conforme descrito na minuta do Relatório de Análise da Perturbação (RAP).
“A revisão dos limites de intercâmbio foi possível após novos estudos utilizando uma nova base de dados provisória para estudos de estabilidade. O objetivo foi estabelecer uma referência alinhada ao desempenho observado das usinas durante a perturbação, uma vez que a causa raiz da intercorrência foi a inconsistência nos dados fornecidos pelos agentes e aqueles aferidos no momento da interrupção”, alegou o ONS..