Brasil reativa parceria em energia com França
Da Redação, de Brasília (com apoio do MME) —
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, destacou nesta sexta-feira, 13 de outubro, em Paris, o solo fértil do Brasil para receber investimentos em energias limpas e renováveis que visem à transição energética. Silveira participou do painel sobre Sustentabilidade no Fórum França-Europa-Brasil Esfera Paris e reforçou, para uma plateia formada por investidores, o trabalho do governo brasileiro para conciliar o desenvolvimento econômico com frutos sociais e a sustentabilidade do planeta.
“A grande força motriz da economia do setor energético nacional é a sua pluralidade, com grande potencial na geração de energia limpa e renovável. Estamos trabalhando para fortalecer esta pluralidade para que se torne ainda mais vigorosa para atrair investimentos e equilibrar o desenvolvimento econômico com frutos sociais. É importante destacar a sinergia e diálogo permanente com o setor privado, para que a gente possa gerar emprego e renda para a nossa população e combater a desigualdade, que é o grande objetivo do nosso governo”, afirmou o ministro.
Alexandre Silveira cumpre diversas agendas bilaterais em Paris visando atrair investimentos para o Brasil na área da transição energética. Durante o Fórum, o ministro ressaltou o trabalho do governo brasileiro, sob a liderança do presidente Lula, para monetizar as suas potencialidades.
“O Brasil é solo fértil para investimentos, tem estabilidade política, social, respeito a contratos e uma regulação segura. Somos uma potência, e como vamos elevá-la? Com a nossa relação diplomática altiva, que vai ser exercida com maestria pelo presidente Lula, valorizando os países do Sul Global na relação com os países industrializados. Nós já contribuímos exemplarmente com a sustentabilidade do planeta, nossas condições estão colocadas para receber investimentos tanto nacionais quanto internacionais”, concluiu Silveira.
No dia anterior, 12 de outubro, o ministro brasileiro se reuniu, ainda em Paris, com a ministra de Transição Energética da República Francesa, Agnès Pannier-Runacher. Eles discutiram o estreitamento da parceria estratégica entre Brasil e França em temas relacionados à transição energética.
“Sabemos que o Brasil e a França possuem uma relação histórica no setor de energia, principalmente pela presença tradicional de empresas de energia francesas no Brasil. Infelizmente, nos últimos anos, essa relação passou por um período de estagnação, e estamos aqui para reconstruir a cooperação entre as nações”, disse o ministro Alexandre Silveira.
Os dois ministros trocaram informações sobre as políticas e esforços para a transição energética. Alexandre Silveira destacou a necessidade de uma transição energética justa e inclusiva. “O nosso encontro é uma excelente oportunidade para ampliarmos investimentos no Brasil, além de desenvolvermos novas parcerias, que visem gerar mais oportunidade, emprego e renda para o nosso povo. Isso é uma determinação do presidente Lula e estamos trabalhando para que isso aconteça”, destacou.
Entre os assuntos debatidos, ficou estabelecido que será estruturada uma agenda permanente de trabalhos entre os dois países, que contemplaria diversas áreas, com destaque para a energia nuclear, tema que os países demonstraram interesse em trabalhar juntos e se aproximar ainda mais. Também foram tratadas as perspectivas para a presidência do Brasil no G20 no próximo ano e como os governos brasileiro e francês podem trabalhar não só bilateralmente, mas multilateralmente em prol de uma pauta comum.
O ministro Alexandre Silveira também parabenizou a trajetória da ministra Agnès. “A ministra foi considerada um talento em ascensão pelo Fórum das Mulheres e recebeu o Prêmio de Mulher de Influência na Política em 2020, sendo parte de uma das 40 mulheres na Forbes 2020. Isso reforça o papel das mulheres em posições estratégicas e na contribuição das melhores políticas governamentais pelo mundo”, finalizou.
Após a reunião com a ministra francesa, Alexandre Silveira também recebeu representantes de empresas do segmento nuclear como a EDF e a Framatome, além da Urano. Foram debatidas as perspectivas e as estratégias dessas empresas para o desenvolvimento de negócios em parceria com o Brasil, seja na área de energia nuclear, mineração, energias renováveis e gás natural. Também foram discutidas o reforço e a continuidade de investimentos no Brasil dessas empresas.