América do Sul avança na integração energética
Da Redação, de Brasília (com apoio do MME) —
O Ministério de Minas e Energia (MME) adotou, nesta sexta-feira, 10 de maio, a Declaração de Quito sobre Integração Elétrica, que define prioridades e objetivos para a integração dos setores elétricos dos países da América do Sul.
A capital do Equador sediou a I Reunião de Vice-ministros de Energia do Consenso de Brasília, organizada pela presidência chilena do Consenso de Brasília em parceria com a Organização Latino-Americana de Energia (Olade). Na ocasião, as delegações dos países sul-americanos deliberaram sobre os interesses em comum de integração elétrica no continente.
O evento foi tratado de forma discreta, mas a sua finalidade é muito relevante, considerando que a integração elétrica e o combate às mudanças climáticas são prioridades da integração regional sul-americana nos próximos anos.
Representando o MME, o diretor do Departamento de Informações e Estudos Energéticos (DIEE), Gustavo Masili, apresentou painel sobre a importância do planejamento para a transição energética e a integração entre os países da região. Masili explicou que os avanços na integração energética entre os países sul-americanos podem culminar em resultados mutuamente vantajosos.
“A iniciativa tem o potencial de trazer vantagens significativas em termos de segurança energética, crescimento econômico e melhoria da eficiência sistêmica ao favorecer preços mais competitivos e benefícios ambientais substanciais”, explica Masili, que durante o evento esteve acompanhado de um diplomata da Divisão de Energia e Mineração do Itamaraty, Eduardo Siebra.
Entre os desafios dispostos no novo documento, o texto dispõe sobre a necessidade do fortalecimento da segurança energética como vetor do desenvolvimento sustentável. A declaração também registra a grande diversidade de recursos energéticos disponíveis no continente para a geração de energia e vetores energéticos, como o hidrogênio com baixa emissão de carbono e seus derivados.
A declaração reafirmou o compromisso dos países do Consenso de Brasília com a coordenação de políticas energéticas para facilitar o intercâmbio de eletricidade entre os países sul-americano, bem como com a promoção da eficiência energética, com a utilização de fontes renováveis de energia elétrica e com a redução das emissões de gases causadores do efeito estufa no setor elétrico.