Eletrobras vende 13 UTE´s para a Âmbar
Da Redação, de Brasília (com apoio da Eletrobras) —
A Eletrobras concluiu, neste domingo, 09 de junho, a assinatura dos contratos de venda de seus últimos ativos termelétricos em operação. Os acordos com o grupo Âmbar Energia S.A. preveem o pagamento de até R$ 4,7 bilhões pelos 13 ativos térmicos envolvidos na operação.
Ainda como parte do acordo, a Eletrobras repassa imediatamente à Âmbar o risco de inadimplência dos contratos de energia dos ativos, o que garantirá a retomada dos pagamentos relativos ao fornecimento mensal de energia que a Eletrobras faz à distribuidora, que vinham sendo provisionados nas últimas demonstrações financeiras. Desde novembro de 2023, a distribuidora havia deixado de realizar pagamentos mensais à Eletrobras.
“Tivemos um processo competitivo com alto engajamento, o que nos possibilitou uma valoração adequada dos ativos, a mitigação do risco relacionado a inadimplência corrente. Também chegamos a uma alternativa compreensiva para futura recuperação de valor de nossos créditos contra a distribuidora”, destaca o vice-presidente de Estratégia e de Desenvolvimento de Negócios, Elio Wolff.
“As transações reforçam nosso compromisso com a mitigação de riscos operacionais e financeiros, com a otimização do portfólio e alocação de capital e nos aproxima da meta Net Zero assumida pela empresa”, completa.
Condicionado ao fechamento da operação das térmicas e na hipótese de uma futura operação envolvendo a aquisição do controle da distribuidora pela Âmbar, a Eletrobras cederá os créditos que detém relativos a contratos correntes e de confissão de dívidas, recebendo em contrapartida uma opção de compra de participação.
Desta forma a Eletrobras abre caminho para recuperação destes créditos, hoje considerados inexequíveis (100% provisionados no balanço da companhia), ao se beneficiar através de uma opção do valor a ser gerado de uma potencial recuperação operacional e financeira da distribuidora no futuro.
A venda das térmicas foi anunciada pela Eletrobras em julho de 2023 como parte de seu planejamento estratégico e também como forma de acelerar a migração para uma matriz de geração de energia 100% renovável. Parte do pagamento pelas térmicas depende de condições contratuais específicas e a conclusão da operação também depende de anuências usuais de mercado.