Corio e EBR estudam offshore no RS
Da Redação, de Brasília (com apoio da Corio/EBR) —
A Corio Generation, desenvolvedora eólica offshore global, e o Estaleiros do Brasil (EBR), construtora de plataformas flutuantes de produção de óleo e gás localizada em São José do Norte (RS), assinaram um Memorando de Entendimento (MOU, na sigla em inglês) para estudar a adequação das instalações portuárias de São José do Norte, próximo ao Porto de Rio Grande, no Extremo Sul, para futuros projetos eólicos offshore.
Juntas, Corio e EBR analisarão como a infraestrutura local poderá servir de apoio para a implantação de dois parques eólicos planejados para o sul do país – Cassino Offshore Wind (1200 MW+) e Rio Grande Offshore Wind (1170 MW+). As companhias também avaliarão a possibilidade de reserva de uma área que poderia ser usada como base para estes projetos.
A Corio pretende desenvolver cinco parques eólicos offshore no Brasil, totalizando até 6 GW, como parte de seu significativo portfólio global de projetos nas Américas, Ásia-Pacífico e Europa. Quatro desses projetos, totalizando aproximadamente 4,8 GW, estão localizados nas costas sul e sudeste do Brasil.
“Com seu longo litoral e condições marítimas favoráveis, o Brasil tem um potencial incrível para aproveitar a energia eólica offshore e construir um futuro baseado em energia limpa e verde e em uma economia próspera de baixo carbono. Essa jornada exigirá o desenvolvimento de infraestrutura portuária adequada para a construção e manutenção dos parques eólicos offshore do Brasil, por isso estamos ansiosos para trabalhar com EBR e explorar como o Porto de Rio Grande poderia atuar como um centro para o futuro desenvolvimento de parques eólicos, apoiar o crescimento do setor eólico offshore no sul do Brasil e se beneficiar das significativas oportunidades de investimento que isso pode trazer”, afirmou Ricardo de Luca, CEO da Corio no Brasil.
O EBR contempla uma área de aproximadamente 1,7 milhão de m², com instalações amplas e infraestrutura própria para construção de plataformas. O estaleiro atende o setor de óleo e gás, com expertise que poderá ser replicada para parques eólicos em alto-mar.
“Há muita sinergia dos projetos de eólica offshore com a indústria de óleo e gás. Atividades que envolvam operação, manutenção e aspectos logísticos, incluindo necessidades envolvendo a infraestrutura portuária, são áreas de interseção entre as duas indústrias e por isso temos certeza de que o EBR tem muito a contribuir com a Corio neste projeto. O estaleiro tem atuação muito relevante no Sul do país, capacita milhares de trabalhadores há décadas e por isso há total interesse em conjuntamente avaliar a região de São José do Norte, junto ao Porto do Rio Grande como centro offshore do país”, disse Wataru Nosaka, presidente da EBR.
A Corio Generation é uma empresa do portfólio da Macquarie Asset Management que opera de forma independente. No Brasil, a companhia está desenvolvendo seu portfólio de projetos eólicos offshore de fundo fixo no Brasil, juntamente com a Servtec, uma empresa que atua na geração de energia,
Quanto à EBR, contempla uma área de aproximadamente 1,7 milhão de m², com instalações amplas e infraestrutura própria. Possui capacidade para processar cerca de 30 mil toneladas por ano, com estruturas (workshop), oficina de tubulações (pipe shop), oficina climatizada de jateamento e pintura e ampla área de montagem externa com alta capacidade de carga.
Com um cais de 530 metros lineares e calado com 12 metros de profundidade, o estaleiro garante que pode executar serviços de construção e integração de plataformas do tipo FPSO, além de oferecer serviços de atracação e hibernação (lay-up) para outros tipos de unidades, além de operações de load in e load out de grandes módulos.