Balanço da Raízen tem prejuízo de R$ 158,3 mi
A Raízen registrou prejuízo líquido de R$ 158,3 milhões no segundo trimestre da temporada 2024/25, que compreende o período entre 1º de julho e 30 de setembro de 2024, e reverteu o lucro de R$ 28,4 milhões que havia sido registrado em igual intervalo da safra anterior. A companhia também informou prejuízo líquido ajustado de R$ 96,7 milhões, ante lucro de R$ 181,3 milhões no igual intervalo de 2023/24.
“Prejuízo do trimestre é decorrente da menor geração de lucro bruto, em função da queda das margens em Mobilidade e Renováveis, mesmo com redução das despesas gerais e administrativas. A maior despesa contábil de imposto de renda, em função do diferencial momentâneo de resultados entre os veículos legais do grupo, também contribuiu para este resultado”, afirmou a Raízen em comunicado.
A receita líquida da Raízen cresceu 22,6%, de R$ 59,456 bilhões de julho a setembro de 2023 para R$ 72,910 bilhões em igual período de 2024.
Segundo a Raízen, a expansão se deu em função dos avanços no ritmo de comercialização de açúcar e etanol, bem como o comportamento de volumes e preços de combustíveis em mobilidade
O Ebitda (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado ficou positivo em R$ 3,663 bilhões, queda de 1,7% ante R$ 3,727 bilhões de igual trimestre do ano anterior O resultado “reflete a evolução dos resultados de açúcar no trimestre, compensada pelo desempenho inferior em Mobilidade e Renováveis, alinhado à construção de estoque para venda futura com expectativa de preços mais atrativos”.
A alavancagem fechou o trimestre em um múltiplo de 2,6 vezes a relação de dívida líquida pelo Ebitda dos últimos 12 meses, ante 1,9 vez no igual trimestre do ano-safra anterior. Os investimentos avançaram 4%, para R$ 2,383 bilhões. Já a dívida líquida aumentou 19,5%, para R$ 35,921 bilhões.
Produção e vendas
A Raízen processou 63,7 milhões de toneladas de cana-de-açúcar no primeiro semestre da temporada 2024/25, queda de 0,9% em relação ao igual período do ano-safra anterior. No período, houve alta de 0,6% do ATR, de 135,2 kg/tonelada para 136 kg/tonelada, mas recuo de 9,9% do TCH.
A produção de açúcar caiu 7,4%, para 4,257 milhões de toneladas no semestre. A produção de etanol de primeira geração ficou em 2,490 milhões de metros cúbicos, alta de 5,9%. Já a produção de etanol de segunda geração (E2G) avançou 91,4%, para 31,2 mil metros cúbicos. O mix de produção foi dividido em 51% para açúcar e 49% para etanol.
O volume de vendas de etanol cresceu 24,6% no semestre, para 1,749 milhão de metros cúbicos, enquanto a de açúcar avançou 53,6%, para 5,017 milhões de toneladas.