Spic Brasil dá sobrevida à UHE São Simão
Da Redação, de Brasília (com apoio da Spic Brasil) —
A modernização da Usina Hidrelétrica (UHE) São Simão, operada pela Spic Brasil, neste mês de novembro, atingiu mais um importante marco com a conclusão da modernização do vertedouro da UHE, finalizada com cerca de 40 dias de antecedência em relação ao cronograma do projeto. Sob responsabilidade da Andritz, as obras fazem parte do investimento de mais de R$ 1,2 bilhão na modernização da usina, com propósito de aumentar sua eficiência e confiabilidade para operar por mais 30 anos.
No dia 06 de novembro, foi realizada uma manobra de vertimento nas comportas, estruturas utilizadas na operação dos níveis do reservatório, já totalmente modernizadas.
A modernização do vertedouro não só aumentou a vida útil das comportas radiais reformadas e modernizadas, como também aprimorou a segurança operacional do vertedouro e da tomada d’água. As melhorias incluíram a instalação de unidades hidráulicas adicionais e redundantes, além de avançados sistemas digitais de supervisão e controle, que garantem maior eficiência e confiabilidade no funcionamento.
Um dos pontos de destaque da modernização é que os projetos foram desenvolvidos utilizando a metodologia BIM (Modelagem da Informação da Construção), que é um diferencial inovador em modernizações de usinas hidrelétricas, processo que permite maior eficiência nas análises de engenharia e no planejamento executivo.
A conclusão antecipada foi possível graças a uma série de fatores estratégicos como a aplicação completa das lições aprendidas durante a modernização das primeiras comportas, o rigor na segurança dos trabalhadores e o compromisso com a sustentabilidade ambiental, priorizando a prevenção. Além disso, a gestão proativa no planejamento, controle de qualidade, fornecimento de materiais e fiscalização de campo foram fundamentais para o sucesso do projeto.
Segundo a Spic Brasil, o chamado Pacote 3 foi concluído sem registro de acidentes, fato ainda mais notável considerando o alto volume de atividades realizadas e o nível de complexidade envolvido. A modernização das comportas radiais do vertedouro incluiu operações críticas, como trabalhos em altura, içamento de cargas e montagem e desmontagem de andaimes. Esse resultado reflete o compromisso com protocolos rigorosos de segurança e a eficácia das medidas preventivas implementadas durante a obra.
“Esta é mais uma etapa que finalizamos com antecedência. Em junho deste ano, o consórcio GE/Powerchina concluiu a modernização da UG nº 2 em prazo menor que o estipulado pelo órgão regulador. A Spic Brasil já investiu mais de R$ 14 bilhões em sete anos de operação. Somos, atualmente, o sexto gerador privado nacional e queremos chegar em 2030 sendo um dos três primeiros. A modernização de uma usina tão estratégica para o sistema nacional, como a UHE São Simão, reflete nossa visão de manter uma matriz energética nacional diversa e resiliente, preparada para atender às demandas da sociedade e que ofereça energia segura e barata para o país”, aponta Adriana Waltrick, CEO da Spic Brasil.
No total, a modernização da UHE São Simão está dividida em sete pacotes, com cinco em andamento ou já concluídos, e outros dois previstos para iniciar no próximo ano. Até o momento, fazem parte dos fornecedores da obra a Gevisa (Pacote 1), WEG (Pacote 2), Andritz (Pacote 3), Tractebel (Pacote 4) e consórcio GE/Powerchina (Pacote 5).
O que é a UHE São Simão
A Usina Hidrelétrica (UHE) São Simão está localizada em São Simão (GO), na divisa com Santa Vitória (MG), e pertence à Bacia do Paranaíba do Subsistema Sudeste / Centro-Oeste. Possui seis turbinas e 1.710 MW de potência instalada, com capacidade de abastecer cerca de 6 milhões de residências/ano.
Começou a ser construída no início dos anos 1970 e foi inaugurada em 1978 já como uma das maiores usinas do mundo. Em junho de 2024 completou 46 anos e, atualmente, é a 11º maior UHE do Brasil em potência instalada. Após décadas colaborando para o desenvolvimento regional, a UHE São Simão foi reconhecida internacionalmente, em 2013, pelo seu projeto inovador, desempenho operacional e atenção aos aspectos ambientais e sociais.
Em 2018, a Spic Brasil assumiu a operação e a mantém como uma das usinas hidrelétricas mais seguras do país, operando em respeito ao meio ambiente e às comunidades.
Quanto a Spic Brasil, é uma empresa que investe na geração de energia. Com ativos totalizando aproximadamente 4 GW (3.958,2 MW) no Brasil, opera a Usina Hidrelétrica São Simão, na divisa entre os estados de Minas Gerais e Goiás, dois parques eólicos na Paraíba – Millennium e Vale dos Ventos – e é acionista no maior complexo de gás natural da América Latina, GNA (Gás Natural Açu), em São João da Barra (RJ). Também detém uma participação majoritária de 70% nos Complexos Solares Marangatu (PI), Panati (CE) e Luiz Gonzaga (PE), que possuem uma capacidade instalada combinada de 852 MWp.
A empresa faz parte do grupo estatal chinês Spic, que está presente em 47 países, com mais de 130 mil funcionários, 240 GW de capacidade instalada e investimento constante em renováveis, sendo o maior gerador de energia solar e o segundo maior de energia eólica no mundo. Em 2023, a Spic gerou 16,61 TWh de eletricidade a partir de fontes renováveis fora do território chinês, ajudando a evitar a emissão de 5,64 milhões de toneladas de CO2.
Com sede em Pequim, a State Power Investment Corporation (Spic) foi fundada em maio de 2015. Formada pela reorganização da China Electric Power Investment Corporation e da State Nuclear Power Technology Co., Ltd., é uma empresa estatal diretamente gerenciada pelo governo central da China, que tem uma grande responsabilidade de garantir a segurança energética nacional. Seus escopos de negócios abrangem energia elétrica, energia térmica, energia hidrelétrica, mineração de carvão, produção de alumínio, logística, finanças, proteção ambiental, geração de energia fotovoltaica e outros campos.