Apagão em SP deixou 700 mil pessoas sem luz
Maurício Corrêa, de Brasília —
Apenas 48 depois que o site “Paranoá Energia” informou que estava tudo tranquilo nas três áreas de concessão que a empresa italiana tem no Brasil, a Enel não resistiu ao primeiro temporal e o número de consumidores sem luz, na área metropolitana de São Paulo, subiu para algo entre 650 e 700 mil à meia-noite do dia 18 para 19 de fevereiro, terça para quarta-feira.
Sob todos os aspectos, o novo apagão é um desastre que afeta a população da Grande São Paulo e que é solenemente ignorado pelas principais autoridades responsáveis pela questão: presidente Lula, ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e diretor-geral da Aneel, Sandoval Feitosa.
O novo apagão afetou profundamente nove dos 24 municípios que integram a área de concessão da Enel no estado de São Paulo:
- Barueri, 3.824 unidades consumidoras, 2,68% do total;
- Itapevi, 1.808 UCs, 1,77%;
- Mauá, 3.380 UCs, 1,88%;
- Juquitiba, 485 UCs, 3,03%;
- Osasco, 14.548 UCs. 4,32%;
- Santana do Parnaíba, 1.541 UCs, 2,11%;
- Santo André, 5.922 UCs, 1,61%;
- São Bernardo do Campo, 5.642 UCs, 1,53%;
- São Paulo Capital, 178.688 unidades consumidoras, 3,21%
No total, a área de concessão da Enel correspondente à Grande São Paulo conta com 8.290.789 unidades consumidoras. Foram impactadas, nesse horário, 222.012 unidades consumidoras. O número de pessoas afetadas pelo apagão, à meia-noite, girava entre 650 e 700 mil, dependendo do número de indivíduos que se indica para cada unidade consumidora.
Um comunicado disponibilizado pela Enel na internet, às 22 horas, esclareceu que as equipes técnicas já estavam mobilizadas para trabalhar pesado e fazer com que a energia elétrica fosse restaurada o mais rapidamente possível para a maior parte dos usuários.
No mesmo comunicado, a concessionária informou que, no pico do apagão, 3,3% das unidades consumidoras ficaram sem luz na área de concessão, o que correspondia a 273 mil UCs, ou seja, cerca de 800 mil pessoas. Com certeza, quando os habitantes de São Paulo iniciarem a jornada, nesta quarta-feira, o número de pessoas sem luz já terá diminuído bastante.
Como não pode fazer muita coisa e está totalmente abandonado pelas autoridades federais que deveriam se preocupar com a questão (energia elétrica é um assunto federal), restará ao consumidor de energia elétrica da área metropolitana de São Paulo ficar na expectativa do próximo temporal e, em consequência, do próximo apagão.
Os nomes deles já estão citados no meio deste texto, mas o site “Paranoá Energia” entende que é preciso repetir, sempre, que os responsáveis pelos apagões na área de concessão da Enel, na Grande São Paulo, são:
- Presidente Lula;
- Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira;
- Diretor-geral da Aneel, Sandoval Feitosa.