Linhão Manaus-Boa Vista está 80% pronto
Da Redação, de Brasília (com apoio do MME) —
O Linhão Manaus-Boa Vista conta com 80% das obras concluídas e tem previsão de ficar pronto até o fim de 2025, marcando a integração do estado ao Sistema Interligado Nacional (SIN), sendo o último ainda desconectado da rede nacional. O investimento total é de R$ 2,6 bilhões. A informação foi prestada pelo Ministério de Minas e Energia.
Ao todo, as linhas terão 725 km de extensão, cruzando territórios indígenas e ligando o estado do Amazonas a Roraima. As obras são de responsabilidade da Transnorte Energia S.A. (TNE), um consórcio formado pelas empresas Alupar e Eletronorte, que venceu, em 2021, o leilão da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e poderá administrar o empreendimento até 2042.
Além da extensão completa da LT, o contrato de concessão da TNE também contempla a utilização e manutenção de três subestações (SEs) associadas. As SEs Engenheiro Lechuga, Equador e Boa Vista contarão com o reforço de 36 reatores, que juntos somam 190,6 megavars (MVAr) de potência reativa; quatro linhas de circuito duplo (dois circuitos elétricos independentes); e sete transformadores de potência aparente, totalizando 400 MVA.
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, foi a Roraima nesta sexta-feira, 21 de março, para acompanhar o desenvolvimento do projeto. As obras da Linha de Transmissão (LT) Tucuruí 500 kV deverão garantir uma economia de mais de R$ 1 bilhão por ano na conta do consumidor brasileiro.
“Ver essa iniciativa chegando à sua fase final dá muito orgulho. O povo de Roraima merece contar com uma energia limpa e mais segura. Tudo tem sido feito de forma a respeitar o meio ambiente e a cultura dos povos originários que vivem próximos às áreas de passagem da LT. Nós vamos zerar a geração a partir do diesel e, com isso, deixaremos de emitir 1,5 milhão de toneladas de CO₂ na atmosfera, economizando mais de R$ 1 bilhão por ano na conta de consumo de combustíveis”, comemorou Silveira ao explicar que o estado ainda precisa utilizar energia vinda de matrizes não renováveis no dia a dia.