BTG pode sair das operações na CCEE
Obrigado a raspar o fundo da panela para fazer caixa diante do grande volume de saques do dinheiro que estava aplicado aos seus cuidados, não seria surpresa caso o Banco BTG Pactual tenha que vender os créditos que detém junto à Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) em decorrência dos empréstimos feitos quase que por obrigação do Governo Federal para socorrer as distribuidoras, no ano passado e em 2015, em um total superior a R$ 21 bilhões. Essas operações ocorreram para que as distribuidoras pudessem quitar débitos referentes à exposição involuntária no mercado de curto prazo (MCP) a partir do momento que o preço da energia elétrica disparou com o uso contínuo das usinas térmicas. O BTG Pactual entrou em um consórcio com vários bancos, incluindo BNDES, Banrisul, BRB, BB, Bradesco, CEF, Citibank, Credit Suisse, Itaú e J.P. Morgan. Do ponto de vista bancário, a operação foi muito boa, mas o fato é que o BTG precisa fazer dinheiro no curtíssimo prazo e, além de se desfazer de ativos empresariais, dentro da CCEE tem quem diz que o banco agora pensa em transferir a sua parte para as outras instituições financeiras que integram o consórcio. Trata-se de uma operação legal. Mas, se for concretizada, apenas dá uma ideia da situação difícil que o BTG atravessa.