Copom mostra queda de 3,5% na energia elétrica em 2016
Feliz o País em que as instituições funcionam normalmente. Nesse aspecto, os brasileiros já não podem reclamar tanto, como sempre fizeram. Afinal, pelo menos no time da Lava Jato, a Polícia Federal funciona, o Judiciário funciona, o Ministério Público funciona. Mesmo sem ter qualquer relação com a mega-operação que há dois anos enquadra os poderosos e os espertos, o Banco Central felizmente também funciona.
A ata divulgada nesta quinta-feira, 10 de março, referente à reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) realizada nos dias 1º e 02 de março, quando foi mantida a taxa Selic no patamar de 14,25% ao ano, sem viés, mostra que o Brasil está alguns anos-luz de distância de republiquetas onde o chefete de plantão manda jogar para baixo o que não interessa divulgar e os demais humanos simplesmente não contestam.
Quem se der ao trabalho de ler a última ata do Copom, divulgada nesta quinta-feira, 10 de março, entende porque o atual Governo perdeu totalmente a credibilidade. Diz a ata, no seu estilo pedagógico: “Taxas de inflação elevada geram distorções que levam a aumento dos riscos e deprimem os investimentos. Essas distorções se manifestam, por exemplo, no encurtamento do horizonte de planejamento das famílias, empresas e governos, bem como na deterioração da confiança de empresários”.
Em tempo: na última reunião do Copom, conforme a ata, estimou-se que os preços da energia elétrica, em 2016, deverão cair 3,5%. Os preços administrados da economia, em geral, apresentarão uma queda de 5,9% (contra 6,3% na ata anterior, de janeiro). A próxima reunião do Copom está marcada para 26 de abril. Na velocidade atual da política brasileira, quando estranhamente a crise faz com que o dólar caia e a bolsa suba, passa muita água por baixo da ponte em um período de 45 dias. Nessa contexto, sabe-se lá o que poderá ser escrito na próxima ata.