Onde fica Luiz Eduardo Barata?
O mercado de energia elétrica está tentando decifrar o que o ex-ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, quis efetivamente dizer à presidente Dilma Rousseff, quando, na conversa que ambos tiveram nesta quarta-feira, 20 de abril, ele sugeriu que o atual secretário-executivo da Pasta, Luiz Eduardo Barata, seja aproveitado na estrutura do MME, mas em outra posição.
O atual Governo está por um fio. Talvez tenha no máximo umas três semanas de existência, considerando que, segundo várias pesquisas feitas pelos grandes jornais, as oposições já reúnem senadores em número mais do que suficiente para aprovar o início de uma investigação contra a presidente da República, o que a afastaria imediatamente do cargo pelo prazo máximo de 180 dias. Além disso, as oposições também já teriam fôlego para, na votação final em que se exige maioria de 2/3 dos senadores, afastar a presidente em caráter definitivo.
Onde se encaixaria Luiz Eduardo Barata nesse processo, se já se fala, inclusive, em nomes que assumirão a Pasta de Minas e Energia? Nesse novo contexto, tudo indica que a Pasta poderá passar por profundas alterações de cunho político, colocando em risco a própria sobrevivência de Barata, Aliás, ele é visto não apenas como um técnico competente, mas, também, como um profissional extremamente conciliador, embora seja naturalmente muito afinado com o atual governo, pois, caso contrário, nem estaria na posição em que se encontra hoje.