Senadores de memória curta
Os senadores Edison Lobão (PMDB-MA) e Eduardo Braga (PMDB-AM) aparentemente estão com as memórias danificadas. O primeiro foi ministro de Minas e Energia em boa parte do segundo Governo Lula e durante toda a primeira gestão da presidente afastada Dilma Rousseff. Braga ocupou a mesma Pasta na segunda gestão de Dilma, entre janeiro de 2015 e abril de 2016.
Ambos foram dedicados soldados de Lula e Dilma, dentro da composição partidária que existia no apoio ao Governo.
Braga inclusive comprou uma briga com o seu partido, pois permaneceu fiel à presidente afastada até o momento em que Dilma praticamente já estava sendo defenestrada do Palácio do Planalto e boa parte do PMDB já assinava o livro de solidariedade a Michel Temer.
Pois bem, esses dois dedicados auxiliares de alto escalão da presidente Dilma, que nunca viram nada de errado na sua gestão, para a surpresa de quem acompanha o mundo político de Brasília simplesmente cravaram uma estaca nas costas da presidente afastada e votaram a favor do impeachment da ex-chefe, quando a proposta foi apreciada em plenário na madrugada da quarta-feira, dia 10 de agosto.
Dizem que a traição é própria da vida política. Até pode ser. Entretanto, a senadora Kátia Abreu (PMDB-TO), que ficou no ministério tanto tempo quanto Eduardo Braga, preferiu romper totalmente com as suas bases políticas do agronegócio e do PMDB e votou corajosamente contra o impeachment, oferecendo o seu apoio à presidente afastada. Este site não tem qualquer tipo de identidade com a senadora Kátia Abreu, mas registra a sua atitude bastante digna.